Autor/Fonte: Luis Olavo Dantas, junho/07.
Gigantescos gasodutos trarão gás do Ártico ‘Canadense’
Se você não sabe onde é o delta do rio Mackenzie, ou a área conhecida como North Slope, não se preocupe – pouca gente sabe. Se procurar no mapa, vai descobrir que estamos falando do litoral norte do Canadá e do Alaska, lugares dos menos habitáveis do planeta, no mar gelado do Ártico, sujeito a ventos polares, nada que valesse muito a pena até a descoberta de reservas de gás natural da ordem de centenas de bilhões de m³.No ano de 2000, comprovada a existência de gás em escala comercial no delta do Mackenzie, foi formado um grupo que inclui a Conoco Phillips, a Shell, a Exxon Mobil, a Imperial Oil, operadora do empreendimento, e a APG – Aboriginal Pipeline Group, que reúne os interesses de diversos povos originais do noroeste canadense.À medida que o projeto tomava forma, e eram conhecidas com mais detalhes as dificuldades do empreendimento, os custos estimados foram subindo, e os últimos números, anunciados pelos acionistas do Mackenzie Valley Pipeline (MVP), já chegam a mais de US$ 17 bilhões, dos quais cerca de metade para o desenvolvimento dos campos de gás no delta e outro tanto para o gasoduto.A linha principal proposta não é tão grande assim, são 1.200 km desde o Ártico canadense até a fronteira da província de Alberta. A capacidade do gasoduto seria de 34 milhões de m³/dia, da ordem de grandeza do Gasbol, mas as dificuldades construtivas do terreno gelado levam o custo para US$ 8,3 bilhões, a serem gastos até 2014, novo prazo estimado pelo operador Imperial Oil. O vulto dos investimentos está levando a outras idéias, como a que foi apresentada em maio passado em Houston, durante a OTC – Offshore Technology Conference, por um integrante do governo canadense. Ele propôs que as reservas do North Slope do Alaska, que têm problema semelhante (estão a milhares de quilômetros dos centros de consumo) sejam conduzidas no mesmo gasoduto norte-sul que as do Mackenzie, sendo neste caso ligadas à região produtora canadense por um gasoduto correndo na direção leste-oeste. Nesta opção, o gasoduto delta do Mackenzie – Alberta seria ampliado, talvez para 50 milhões de m³/dia ou mais. Apesar da aparência lógica da proposta, comenta a publicação especializada Oil & Gas Journal, a idéia canadense foi recebida com desagrado pelos representantes do Alaska, interessados nos benefícios para o desenvolvimento de seu estado com os bilhões que um gasoduto próprio proporcionaria. Além disso, há os interesses dos aborígenes canadenses que têm 33% do MVP, e de um grupo que até agora não aderiu e pode causar problemas de passagem na parte sul do gasoduto.Seja como for, a situação de abastecimento do mercado americano de gás natural forçará, a curto prazo, a monetização das reservas do Ártico, canadense ou americano. Como foi dito em Houston, a cada período de tempo crescem os custos do aço, equipamentos, mão de obra e demais insumos que deverão ser empregados, e a subida de preço do GNL (talvez a única alternativa americana fora destes grandes gasodutos) torna as decisões urgentes. “Temos que trazer este gás para o mercado”, disse o ministro canadense, e aí não houve vozes discordantes.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
RJ: Estado adota reservas ambientais particulares23
RJ: Estado adota reservas ambientais particulares
23/08/2007 - 06h21min
Programa semelhante ao do Ibama permitirá que donos de terras criem áreas de preservação
Um dos programas do Ibama que deram certo e é responsável pela preservação de florestas em todo o Brasil será adotado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). O governador Sérgio Cabral assinou decreto, que foi publicado no Diário Oficial de ontem, criando o programa Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O objetivo é dar incentivos estaduais para que os proprietários de terras destinem áreas para preservação permanente.
A RPPN é uma unidade de conservação de domínio privado, que deve ser criada por iniciativa do proprietário, desde que constatado o interesse público e com o objetivo de preservar a diversidade biológica.
As normas do decreto estadual estão de acordo com a Lei federal 9.985/00, que criou as RPPNs. Qualquer proprietário poderá se habilitar a transformar parte de sua propriedade em RPPN, bastando fazer um requerimento ao IEF. O instituto prestará serviço técnico gratuito para avaliar o interesse público em sua criação.
O município de Silva Jardim, onde fica a Reserva Biológica de Poço das Antas, que preserva o mico-leão-dourado, é o que tem o maior número de RPPNs no Brasil. São dez RPPNs legalizadas e outras 13 em fase final de aprovação no Ibama.
Proprietários têm que fiscalizar As áreas protegidas podem ser usadas para o desenvolvimento de atividades científicas, culturais, educacionais, recreativas e turísticas. A soltura de animais silvestres em RPPN só será permitida mediante autorização do órgão ambiental competente.
Já o proprietário do imóvel terá que assegurar a manutenção dos atributos ambientais da RPPN e sinalizar os seus limites, advertindo terceiros quanto à proibição de desmatamentos, queimadas, caça, pesca e captura de animais e quaisquer outos atos que afetem a integridade da unidade.
Fonte: Ecopress / Jornal O Globo.
23/08/2007 - 06h21min
Programa semelhante ao do Ibama permitirá que donos de terras criem áreas de preservação
Um dos programas do Ibama que deram certo e é responsável pela preservação de florestas em todo o Brasil será adotado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). O governador Sérgio Cabral assinou decreto, que foi publicado no Diário Oficial de ontem, criando o programa Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O objetivo é dar incentivos estaduais para que os proprietários de terras destinem áreas para preservação permanente.
A RPPN é uma unidade de conservação de domínio privado, que deve ser criada por iniciativa do proprietário, desde que constatado o interesse público e com o objetivo de preservar a diversidade biológica.
As normas do decreto estadual estão de acordo com a Lei federal 9.985/00, que criou as RPPNs. Qualquer proprietário poderá se habilitar a transformar parte de sua propriedade em RPPN, bastando fazer um requerimento ao IEF. O instituto prestará serviço técnico gratuito para avaliar o interesse público em sua criação.
O município de Silva Jardim, onde fica a Reserva Biológica de Poço das Antas, que preserva o mico-leão-dourado, é o que tem o maior número de RPPNs no Brasil. São dez RPPNs legalizadas e outras 13 em fase final de aprovação no Ibama.
Proprietários têm que fiscalizar As áreas protegidas podem ser usadas para o desenvolvimento de atividades científicas, culturais, educacionais, recreativas e turísticas. A soltura de animais silvestres em RPPN só será permitida mediante autorização do órgão ambiental competente.
Já o proprietário do imóvel terá que assegurar a manutenção dos atributos ambientais da RPPN e sinalizar os seus limites, advertindo terceiros quanto à proibição de desmatamentos, queimadas, caça, pesca e captura de animais e quaisquer outos atos que afetem a integridade da unidade.
Fonte: Ecopress / Jornal O Globo.
Encontrado pedaço mais antigo da crosta terrestre
Quinta, 23 de agosto de 2007, 08h03 Atualizada às 08h13
Encontrado pedaço mais antigo da crosta terrestre
Diamantes com idade quase igual a da Terra (4,5 bilhões de anos) foram encontrados no oeste da Austrália. Com 4 bilhões de anos, eles são os fragmentos mais antigos da crosta terrestre identificados até o momento. Segundo um estudo publicado na revista Nature, as pedras preciosas podem indicar dados inéditos sobre a evolução do planeta.
Os diamantes foram encontrados dentro de cristais de silicato de zircônio, um material raro e pequeno (tem apenas 0,3 mm). Além disso, são duros e relativamente resistentes à fusão, características que indicam a retenção de pistas importantes sobre eventos ocorridos na crosta e no manto da Terra. Estudos sobre esses cristais sugerem que a Terra pode ter esfriado muito mais rápido do que se imaginava.
A descoberta dos diamantes foi realizada pela equipe liderada por Martina Menneken, do Instituto de Mineralogia da Universidade Wilhelms da Vestfália, na Alemanha. O grupo estava estudando resíduos minerais contidos nos cristais de zirconita e descobriu que alguns deles continham pequenos diamantes. O silicato foi datado utilizando urânio e alguns isótopos principais, segundo a Agência Fapesp.
A conclusão foi que os diamantes tinham mais de 4 bilhões de anos - quase 1 bilhão de anos mais velho do que o diamante terrestre mais antigo conhecido até então. As descobertas, segundo os cientistas, indicam que havia, há pelo menos 4,25 bilhões de anos, uma crosta continental relativamente grossa e uma interação crosta-manto.
Encontrado pedaço mais antigo da crosta terrestre
Diamantes com idade quase igual a da Terra (4,5 bilhões de anos) foram encontrados no oeste da Austrália. Com 4 bilhões de anos, eles são os fragmentos mais antigos da crosta terrestre identificados até o momento. Segundo um estudo publicado na revista Nature, as pedras preciosas podem indicar dados inéditos sobre a evolução do planeta.
Os diamantes foram encontrados dentro de cristais de silicato de zircônio, um material raro e pequeno (tem apenas 0,3 mm). Além disso, são duros e relativamente resistentes à fusão, características que indicam a retenção de pistas importantes sobre eventos ocorridos na crosta e no manto da Terra. Estudos sobre esses cristais sugerem que a Terra pode ter esfriado muito mais rápido do que se imaginava.
A descoberta dos diamantes foi realizada pela equipe liderada por Martina Menneken, do Instituto de Mineralogia da Universidade Wilhelms da Vestfália, na Alemanha. O grupo estava estudando resíduos minerais contidos nos cristais de zirconita e descobriu que alguns deles continham pequenos diamantes. O silicato foi datado utilizando urânio e alguns isótopos principais, segundo a Agência Fapesp.
A conclusão foi que os diamantes tinham mais de 4 bilhões de anos - quase 1 bilhão de anos mais velho do que o diamante terrestre mais antigo conhecido até então. As descobertas, segundo os cientistas, indicam que havia, há pelo menos 4,25 bilhões de anos, uma crosta continental relativamente grossa e uma interação crosta-manto.
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