Brasil
Domingo, 21/11/2010, 05h24
Mineração tem déficit de mão de obra
Procuram-se profissionais na área de mineração. A demanda por trabalhadores especializados no setor mineral é grande e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a tendência é aumentar diante de um cenário que aponta para um horizonte promissor, sobretudo no Pará. Até 2014, o Brasil receberá uma soma de investimentos superior a US$ 62 bilhões feitos pelo setor. Tamanho volume de recursos, empregados em sua maioria pela iniciativa privada (cerca de 90%), gerará um crescimento econômico de proporções ainda desconhecidas na história paraense.
NOVAS VAGAS
Os mais de US$ 62 bilhões a serem injetados na economia brasileira por grandes empreendimentos deverão criar cerca de 120 mil novas vagas de emprego, até 2014. O polo Carajás (sul e sudeste do Estado) será a região que mais vai empregar nos próximos anos. Serão 64.144 novos postos de trabalho. Se por um lado a implantação de novos projetos minerários no Pará gera expectativas, a preocupação também se dá na mesma medida quando o assunto é mão de obra especializada. Na área de mineração, a lei da oferta e da procura pesa cada vez mais para o lado das empresas: “O problema da mão de obra talvez seja, hoje, o grande calcanhar de Aquiles do setor”, destaca Paulo Camillo, presidente do Ibram, acrescentando ainda que o déficit de pessoal qualificado para atuar na mineração chega a 90%.
SOLUÇÕES
Para tentar resolver o gargalo, as empresas têm buscado soluções que vão desde o resgate de profissionais já aposentados até o investimento em capacitação e formação da mão de obra local. É a corrida para cumprir o cronograma de implantação dos empreendimentos. “As empresas já começaram a buscar pessoas de especialidades diferentes. Os engenheiros civis, por exemplo, estão passando a trabalhar na área de mineração”, afirma Camillo.
E a alternativa encontrada pelas empresas de especializar os profissionais da engenharia civil na área da mineração também enfrenta outra conjuntura nacional: o déficit brasileiro por profissionais de Engenharia já é um motivo de alerta, de acordo com o presidente do Ibram: “Até 2014, o Brasil deveria ter formado 50 mil engenheiros por ano e estamos formando 30 mil. A Coreia forma cinco vezes”, calcula.
EXPOSIBRAM
A geração de emprego e renda na mineração, assim como o desenvolvimento local e regional proporcionado pelos empreendimentos do setor, serão discutidos na Exposibram Amazônia 2010 e 2º Congresso de Mineração da Amazônia, que acontecerão de 22 a 25 de novembro, no Hangar Centro de Feiras e Convenções da Amazônia. O evento é uma iniciativa do Ibram e contará com mais de 100 expositores, confirmados.