domingo, 27 de julho de 2008

FERRO / DNPM - 3o DST / MG - MME BRASIL - IBRAM

I - OFERTA MUNDIAL
As reservas mundiais de minério de ferro (medidas mais indicadas) são da ordem de 370 bilhões de toneladas, destacando-se a Ucrânia (com 18,4% desaas reservas), a Rússia (15,1%), a China (12,4%), a Austrália (10,8%) e o Brasil (7,1%). Em termos de metal contido nas reservas o Brasil ocupa um lugar de destaque no cenário mundial, devido aos altos teores de ferro em seus minérios.
As reservas brasileiras, com um teor médio de 56,1% de ferro, estão localizadas, em sua quase totalidade, nos estados de Minas Gerais (63,1%), Pará (18,0%), e Mato Grosso do Sul (17,2%). A produção mundial de minério de ferro em 2006 foi de cerca de 1,69 bilhão de toneladas.
A produção brasileira representou 18,8% da produção mundial. Minas Gerais (72,7%) e Pará (12,8%) foram os principais estados produtores.
Fontes: DNPM/DIDEM; USGS-United States Geological Survey (Mineral Commodity Summaries – 2007)
II - PRODUÇÃO INTERNA
A produção brasileira de minério de ferro em 2006 totalizou 317,8 Mt (milhões de toneladas), com um teor médio de 65,3%. Em comparação com 2005 houve um aumento de 12,9%. O valor da produção atingiu R$ 20,8 bilhões. Essa produção está dividida entre 37 empresas que operaram 59 minas (todas a céu aberto) e utilizaram 53 usinas de beneficiamento. A recuperação média dessas usinas foi de 78,0%.
A Companhia Vale do Rio Doce S/A-CVRD e as empresas nas quais a CVRD tem participação produziram 280,4Mt (+12,7% em relação a 2005), assim distribuídas: CVRD (Minas Gerais/MG) - 116,3Mt (+7,3%), CVRD (Pará/PA) - 81,8Mt (+12,8%), CVRD (Mato Grosso do Sul/MS) - 1,4Mt (+24,6%), Minerações Brasileiras Reunidas S/A-MBR - 61,7Mt (+26,2%), Samarco Mineração S/A - 15,7Mt (+4,0%) e Mineração Ônix Ltda. (ex-Rio Verde Mineração Ltda.) - 3,5Mt (+26,5%). A Cia. Siderúrgica Nacional-CSN (MG) produziu 13,1Mt (-4,1%); a Mineração Corumbaense Reunida Ltda. (MS), 2,3Mt (+17,6%); a V & M Mineração Ltda. (MG), 2,7Mt (-20,5%), a Mineração J. Mendes Ltda. (MG), 2,5Mt (+7,0%) e a CFM-Companhia de Fomento Mineral (MG), 3,9Mt.
Essas dez empresas foram responsáveis por 96,7% da produção. Quanto ao tipo de produto a produção se dividiu em: granulados - 16,7 % e finos - 83,3 % (sinterfeed - 57,1% e pelletfeed - 26,2%).
A produção brasileira de pelotas em 2006 totalizou 50,5Mt (-3,0% em relação a 2005). A CVRD e suas coligadas (NIBRASCO, KOBRASCO, ITABRASCO e HISPANOBRAS) produziram 28,5Mt (+2,2%), no complexo de usinas instalado no Porto de Tubarão/ES. A CVRD produziu na Usina de Ponta da Madeira (São Luiz/MA), 4,1Mt (-33,6)% e na Usina de Fábrica (Congonhas/MG), 4,0MT (-5,7%). A SAMARCO (também coligada à CVRD) produziu 13,9Mt (+1,1%) nas suas duas usinas instaladas em Porto do Ubu(ES). A diminuição da produção de pelotas em 2006 se deveu à paralisação da Usina de Ponta da Madeira no período de abril a julho, em função da acumulação de estoques devida à queda da demanda por pelotas no priomeiro semestre.
O valor da produção de minério de ferro em 2006 representou 57,5% do valor da produção mineral brasileira. A indústria extrativa de minério de ferro gerou, em 2006, 28,6 mil empregos (16,5mil com vínculo empregatício e 12,1mil terceirizados).

III - IMPORTAÇÃO

Em 2006, de acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SECEX/MDIC), o Brasil importou, da Venezuela, 40t de minério de ferro com um valor de US$-FOB 19,0 mil. As importações de semimanufaturados totalizaram 938,3mt (mil toneladas) com um valor de US$-FOB 382,6milhões e os principais países de origem foram: Rússia (21,0%), Paraguai (14,0%), México (10,0%), Chipre (8,0%) e Japão (7,0%). Quanto aos produtos manufaturados as importações atingiram 1.887,7mt com um valor de US$-FOB 1,211,4milhões e os principais fornecedores foram: Espanha (28,0%), Argentina (8,0%), Ucrânia (7,0%), Alemanha (7,0%) e África do Sul (4,0%). As importações de compostos químicos de ferro atingiram 15,9mt com um valor de US$-FOB 32,6 milhões e os principais países de origem foram: China (25,0%), Argentina e Alemanha (18,0% cada), Estados Unidos (12,0%) e Itál.ia (7,0%).

IV - EXPORTAÇÃO

As exportações brasileiras de bens primários de ferro (minério e pelotas) em 2006 atingiram 242,5Mt, com um valor de US$-FOB 8.948,9 milhões, mostrando um aumento de 8,2% na quantidade e de 22,6% no valor das exportações em comparação com o ano anterior. Os principais países de destino foram: China (28,0%), Japão (13,0%), Alemanha (11,0%), França e Coréia do Sul (6,0% cada). Os principais blocos econômicos de destino foram: Ásia – exclusive Oriente Médio (42,0%), União Européia (35,0%) e Oriente Médio (4,0%). As exportações de produtos semimanufaturados de ferro totalizaram, em 2006, 12,1Mt com um valor de US$-FOB 4.003,2 milhões e os principais importadores foram Estados Unidos (50,0%), Coréia do Sul (7,0%) e Taiwan, México e Tailândia (6,0% cada). Foram exportadas 6,9Mt de produtos manufaturados, com um valor de US$-FOB 4.691,0 milhões e os principais países de destino foram: Estados Unidos (17,0%), China e Colômbia (6,0% cada), Argentina e , México (5,0% cada). O Brasil exportou, ainda, em 2006, 23,7mt de compostos químicos de ferro, com um valor de US$-FOB 24,6 milhões. Os principais compradores foram: Estados Unidos (24,0%), Argentina (13,0%), Alemanha (11,0%), Espanha e Reino Unido (10,0%). Espanha (11,0%), Reino Unido e Alemanha (9,0% cada).
V - CONSUMO INTERNO
O consumo interno de minério de ferro está concentrado na produção de ferro-gusa (usinas siderúrgicas integradas e produtores independentes) e na produção de pelotas. Com base nos dados de produção referentes a 2006 (32,5Mt de gusa e 50,5Mt de pelotas) e nos índices médios de consumo fornecidos pelas empresas produtoras (1,68t de minério/t de gusa e 1,08t de minério/t de pelotas) podemos estimar que o consumo interno de minério de ferro em 2006 foi de cerca de 109,0MT (54,5MT na fabricação de gusa e 54,6Mt na produção de pelotas). Em comparação com 2005 o consumo interno diminuiu 3,6%.
VI - PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS
A CVRD pretende ampliar a sua produção de minério de ferro para 450 milhões de toneladas em 2011. Dentre os projetos de expansão destacamos:
- A mina de Brucutu (São Gonçalo do Rio Abaixo/MG) deverá atingir sua capacidade máxima, 30 milhões de toneladas, no final de 2007.
- A Mina de Fazendão (Catas Altas//MG, com investimentos da ordem de US$ 155 milhões, atingirá a produção de 15,8 milhões de toneladas/ano, a partir de fevereiro de 2008.
- O “Projeto Itabiritos” da MBR (controlada pela CVRD) terá investimentos de US$ 759 milhões. Está prevista a construção de um usina de beneficiamento com capacidade de processar 10 milhões de toneladas/ano, na Mina do Pico (Itabirito/MG), uma usina de pelotização com capacidade de 7,0 milhões de toneladas/ano na Mina de Vargem Grande (Nova Lima/MG) e um mineroduto de cinco quilômetros ligando as duas unidades.
O projeto de expansão que está sendo realizado pela SAMARCO com investimentos da ordem US$1,183 bilhão, colocará a empresa no patamar de 21,6 MT de pelotas/ano, a partir de fevereiro/2008, praticamente dobrando sua capacidade de produção.

VII - OUTROS FATORES RELEVANTES

A Lei Complementar nº 87, de 10/09/1996 (“Lei Kandir”), publicada no DOU-Diário Oficial da União em 18/09/1996, isentou as empresas produtoras de minério de ferro do recolhimento do ICMS nas exportações, a partir de janeiro/1997. O Decreto nº 01, de 11/01/1991 (DOU-14/01/1991) regulamentou o pagamento da CFEM-Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais instituída pela Lei nº 7.990, de 11/12/1989 (DOU-14/12/1989). A CFEM, cuja alíquota para o minério de ferro é 2,0% (dois por cento), incide sobre o faturamento liquido, definido como o valor total das receitas de vendas, deduzidos os impostos incidentes sobre a comercialização, as despesas de transporte e seguros. A arrecadação da CFEM é distribuída entre o Município Produtor (65,0%), Estado (23,0%) e União (12,0%). Em 2006 a arrecadação da CFEM relativa ao minério de ferro atingiu cerca de R$ 280,0 milhões, o que representou cerca de 60,2 % da arrecadação total da CFEM.
O Brasil é o Segundo maior produtor de minério de Ferro com produção, em 2007, de 350
milhões de toneladas, equivalentes a 18,42% da produção mundial, que é de 1,9 bilhão de
ton. A China é o maior produtor, com 600 milhões de ton em 2007.
Principais empresas produtoras no Brasil: Vale-84%, CSN-5,8%, MMX-1%, MCR-0,6%,
outros - 8,6%. No Brasil os principais estados produtores são: MG (71%), PA (27%) e MS (1%).
Principais empresas produtoras no mundo: CVRD, Rio Tinto, BHPB, Anglo American.
A produção de pelotas atingiu, em 2007, 54 milhões de ton, sendo 6,9% maior do que
em 2006 (50,5 milhões de ton.).
As reservas medidas e indicadas de minério de ferro no Brasil alcançam
26 bilhões de ton, situando o País em quinto lugar em relação às reservas
mundiais de 370 bilhões de ton. Entretanto, considerando-se as
reservas em termos de ferro contido no minério, o Brasil assume lugar
de destaque no cenário internacional. Este fato ocorre devido ao alto
teor encontrado nos minérios hematita (60% de ferro) predominante
no Pará, e itabirito (50% de ferro) predominante em Minas Gerais.
As exportações brasileiras de bens primários de ferro em 2007 atingiram 269 milhões de toneladas, com um valor FOB de US$ 10,5 bilhões, mostrando
um aumento de 11% em quantidade e de 17% no valor das exportações em comparação com 2006. O total de investimentos previstos até 2011 é de US$ 14 bilhões nos
seguintes projetos: London Mining vai investir US$ 130 milhões para ampliar a produção
da Minas Itatiaiuçu com reservas de 260 milhões de ton. Hoje a produção
é de 500 mil ton e chegará a 3 milhões de ton/ano.

MMX vai investir US$ 2,35 bilhões no Sistema Minas-Rio (porto,
mineroduto, mina...), prevê a produção de 26,5 milhões de ton até
2011. Início em 2009. O projeto também prevê a construção de um
mineroduto que ligará a mina em MG ao porto no RJ, em São João da
Barra, com capacidade para transportar 24,5 milhões de ferro.

O mercado consumidor do minério de ferro é formado, principalmente,
pelas indústrias siderúrgicas.
Fonte: Sinferbase/USGS/DNPM

A mineradora Rio Tinto vai investir na Mina de Corumbá (MCR Minerção Corumbaense)
US$ 1 bilhão (mina e porto) para produzir 15 milhões toneladas/
ano até 2014. Hoje produz 2 milhões e prevê 7,5 milhões em 2010.
A companhia Mhag vai investir US$ 1,6 bilhão (mina, terminal de
carregamento), em 4 anos, para ampliar a produção em Jucurutu-RN para
3,6 milhões de ton/ano.
A CSN deve triplicar sua produção de minério de ferro em 2008. A recémadquirida
CFM deve produzir 8 milhões/ton em 2008. Investimento de
R$1,9 bilhão para aumentar a capacidade da Mina Casa de Pedra que passará
dos atuais 16 milhões para 45 milhões em 2009 e 53 milhões/ton/ano em 2010.
A CSN prevê exportar 10 milhões/ton em 2008 e 15 milhões/ton em 2009.
O grupo EBX planeja construir, por meio da subsidiária LLX Logística, mais
um ‘superporto’ de US$ 1,5 bilhão no País, mas prefere não antecipar sua
localização.
Em 2008 a Vale está investindo US$ 1,16 bilhão para aumentar a capacidade
de produção de Carajás para 130 milhões de toneladas. O total
do investimento será US$ 2,47 bilhões e a previsão de conclusão é para o
segundo semestre de 2009.
A Vale deve investir, até o final de 2008, US$ 379 milhões para expandir a
capacidade da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), e ainda investirá
US$ 341 milhões para construção de uma nova planta de pelotizaçãoem MG.
O Total dos investimentos para esses projetos é de 1.5 bilhão.
Va vai investir US$ 956 milhões para expandir a capacidade de transporte da
Estrada de Ferro Carajás (EFC) que transporta 70 milhões/ton/ano e passará
para 160 milhões/ton/ano até 2009.
O projeto Carajás Serra Sul, que ainda está sujeito à aprovação do Conselho
de Administração da Vale. Caso seja aprovado, a companhia vai investir
US$ 10 bilhões em mina, planta, ferrovia e porto até 2012.
Mhag
Produz 600 mil ton/ano de sinter feed em Jucurutu-RN. Transporte é feito por caminhão até Juazirinho-PB e por trem, pela Companhia Ferroviária do Nordeste
(CFN), até o porto de Suape (PE). A exportação é direcionada para o Oriente Médio. A meta da empresa é produzir 30 milhões de toneladas a partir de
2011, com uma etapa inicial de 10 milhões de toneladas em 2009. A mineradora pretende produzir pellet feed em Jucurutu e Bonito (RN), que será escoado
pelo porto do Mangue. Além da ampliação dessa região, a Mhag também pretende explorar a região de Cr uzeta (RN) e São Mamede (PB) London Mining
Produz 500 mil ton/ano de granulado para siderúrgicas. Com a Mina Itatiaiuçu a produção chegará a 3 milhões/ton em um ano e a 5 milhões/ton
em uma segunda fase.
Rio Tinto
Produz 2 milhões de ton/ano na mina de Corumbá (MCR), usa transporte fluvial (Rios Paraguai e Paraná) e marítimo. Produção para siderúrgicas na Europa
(Arcelor) e Argentina (Sidepar). Pretende produzir 15 milhões/ton/ano até 2014.
Mineração J. Mendes
A empresa foi recém-adquirida pela Usiminas.
V&M Mineração
Produz 3 milhões de ton/ano na mina de Pau Branco, que tem capacidade de produzir 4 milhões ton/ano. O minério é usado na siderúrgica da V&M.
MMX
Produz hoje 3 milhões de ton/ano (AVG e Corumbá). Em Corumbá, o minério é o granulado e o escoamento é feito por transporte rodoviário e ferroviário
até o porto na Argentina e daí para outros mercados. No Amapá o sistema irá produzir pellet feed e sinter feed, que serão escoados pela Estrada de Ferro do
Amapá e pelo terminal Portuário de Santana. O Sistema Minas-Rio, que começará a produzir pellet feed em 2009, fará o escoamento pelo mineroduto a ser
construído até o porto do Açu em São João da Barra (RJ).
CSN
Produz 20,5 milhões de ton/ano, sendo 16 milhões na Mina Casa de Pedra e 4,5 milhões da CFM recém-adquirida. No caso da Mina Casa de Pedra,
metade da produção é consumida pela siderúrgica da CSN, 25% são exportados e o restante fica em estoque. A parte exportada (5 milhões/ton em 2007)
é escoada via Porto de Itaguaí (RJ).
Vale
A previsão da Vale para 2008 é produzir 325 milhões de toneladas de finos e granulados (105 milhões-Carajás , 80 milhões MBR-Feterco, 140 milhões
Sistema Sudeste-Itabira). Em 2009 serão 360 milhões de toneladas. Até 2012, a produção da Vale atingirá a meta de 450 milhões de ton, com a produção de
Carajás chegando a 220 milhões de toneladas.

Apetite de siderúrgicas por minério infla preço de ativos

Apetite de siderúrgicas por minério infla preço de ativos
São Paulo - 25 de Julho de 2008

A avidez das siderúrgicas por minas de minério de ferro está ajudando a elevar os preços das mineradoras disponíveis no mercado. Atualmente, existem dois ativos à venda no Brasil - a Namisa, da CSN, e a mina da London Mining, ambas em Minas Gerais - que estão sendo disputados por empresas russas, indianas e chinesas, entre as quais constam várias siderúrgicas.


"Antes apenas as mineradoras tinham interesse neste tipo de ativo, mas agora o número de siderúrgicas ofertantes é crescente", diz uma fonte do mercado. Em maio, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou em entrevista à Agência Estado que já havia recebido mais de 40 propostas de tradings japonesas, chinesas, siderúrgicas e mineradoras para a compra de uma fatia de Namisa. A baixa oferta de minas à venda também colabora para a valorização dos ativos.
A última mineradora de minério de ferro de grande porte que estava disponível era a J.Mendes, comprada pela siderúrgica Usiminas no início deste ano. Segundo um especialista, isso tem incentivado as companhias estrangeiras a fazerem propostas por ativos menores e que não foram colocados à venda pelos seus proprietários. "Não existe mais limite de preço neste mercado", diz. Este é o caso da London Mining, que comprou seu primeiro ativo no Brasil em maio do ano passado, em Serra Azul, a 65 quilômetros de Belo Horizonte. Desde então, recebeu várias propostas de aquisição e começou a estudar a possibilidade de vender a mina.

Incluindo o valor da aquisição, a London Mining investiu US$ 130 milhões na operação, que terá sua produção ampliada de 500 mil toneladas para 3,5 milhões de toneladas. A meta, numa segunda etapa, é chegar a 10 milhões de toneladas anuais, caso a mina não seja vendida, segundo a assessoria de imprensa da companhia.

O que sustenta a valorização destes ativos, segundo os especialistas, é a perspectiva de que o minério de ferro manterá seu ciclo de alta no mínimo até 2012. Além da demanda chinesa, os preços devem ser suportados pela elevada concentração da produção de minério nas mãos da Vale, da Rio Tinto e da BHP Billiton, que dominam 70% do comércio transoceânico de minério de ferro. Apesar de não esperarem uma queda expressiva dos preços do minério, as empresas têm interesse em comprar minas em operação para aproveitar o pico dos preços. Neste sentido, a venda da Namisa deve despertar um interesse maior do que o da London Mining porque conta com estrutura logística própria, enquanto os ativos da London Mining precisam receber investimentos nesta área, segundo uma outra fonte.

Outra diferença entre os dois ativos é o volume de produção. A Namisa produz cerca de 14 milhões de toneladas de minério por ano e tem planos de atingir 42 milhões de toneladas até 2012. A expectativa do mercado é de que a venda da Namisa seja fechada em agosto ou setembro. A idéia inicial da CSN é vender uma fatia de até 40% de participação na mineradora, com o objetivo de chamar a atenção do mercado para o valor do ativo e valorizar a Casa de Pedra, seu maior ativo em mineração