E-MAIL RECEBIDO QUE ENCAMINHO PELO BLOG
Sr. Presidente da Associação Profissional dos Geólogos do RJ,
Com as atitudes cooperativas dos nossos colegas engenheiros de minas e civil, notamos que a melhoria de qualidade da população brasileira fica cada vez mais distante da preocupação primária do corpo pensante deste país.
Não há sociedade no mundo que possa crescer social e economicamente enquanto a elite pensante estiver integralmente envolvida na proteção de seus próprios e únicos interesses.
Quantos e quantos geólogos durante décadas vêm executando a digna tarefa do desenvolvimento e acompanhamento; da montagem e extração de substâncias minerais como areia, caulim, argila, água mineral, e tantas outras. Esses trabalhos, essenciais para a vida econômica do país e que determinam a geração de empregos e recursos, apesar de executados pelos profissionais da geologia, por força de uma legislação antiquada, permanecem, equivocadamente, como competência única e exclusiva dos engenheiros de minas que hoje, na prática, em diversas situações, apenas disponibilizam sua assinatura, confiando, incontestavelmente, na condução de todo o trabalho pelo geólogo, muitas vezes seu amigo ou companheiro de trabalho. Essa é a prática comum, todos os engenheiros de minas sabem disso: A CONFIANÇA NA CAPACIDADE E SERIEDADE DOS SEUS COLEGAS GEÓLOGOS.
Imaginem se nós, geólogos, na prática, não nos responsabilizássemos pela extração mineral de algumas substâncias, quantas lavras estariam paralisadas por falta de engenheiro de minas no mercado - dentro e fora do setor público!
É com grande desapontamento que vejo companheiros engenheiros de minas de longa data e que sempre participaram dessa co-gestão nas diversas lavras e na montagem de indústrias de água mineral só agora se posicionando, publicamente, no combate a alteração da legislação em vigor, tentando assim impedir que os geólogos possam assumir, legalmente, o que eles, na prática, sempre assumiram.
É lamentável para toda a sociedade brasileira assistir a uma disputa como essa, quando deveríamos, todos juntos, lutarmos por ideais bem mais nobres.
Eu não tenho dúvida que diversos desastres não estariam ocorrendo no país se o corpo pensante brasileiro estivesse utilizando seus elevados conhecimentos para o bem comum ao em vez de utilizá-los para proteção de uma categoria profissional.
Atenciosamente,
Lucio Carramillo Caetano
Geólogo licenciado do DNPM
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