segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Quando se perde o rigor, nao fica nada no lugar; nao se esta' mais tratando de "Ciencia".


sábado, 27 de agosto de 2011

RIO HAMZA

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 27 de agosto de 2011
Pesquisadores apresentam indícios da existência de um colossal rio subterrâneo, o maior do mundo, fluindo sob o Rio Amazonas cujas águas avançam, em direção ao Atlântico, a uma velocidade aproximada de 10 a 100 metros por ano.
Valiya Mannathal Hamza
O geofísico Valiya Mannathal Hamza, indiano naturalizado brasileiro
O doutor Hamza nasceu na Índia, no dia 15 de junho de 1941, mora no Brasil há trinta e sete anos e há dezesseis trabalha como geofísico do Observatório Nacional. O indiano naturalizado brasileiro foi selecionado pela Sociedade Geológica Americana (GSA), como um dos melhores revisores de artigos científicos, em 2009. A Revista Litosfera, por sua vez, o considera como um dos cinco melhores revisores do mundo, o único brasileiro a fazer parte da seleta lista. A GSA, fundada em 1888, tem mais de 22.000 membros em 97 países e é líder em Geociência avançada.
Hamza possui graduação em Física - Universidade de Kerala (1962), mestrado em Física Aplicada - Universidade de Kerala (1964) e doutorado em Geofísica - University of Western Ontário (1973). Teve atuação como Professor do IAG-USP, Pesquisador do IPT, Secretário da Comissão Internacional de Fluxo Térmico - IHFC e membro do Comitê Executivo da Associação Internacional da Sismologia e Física do Interior da Terra - IASPEI. Eleito, em 2007, como Representante Sul-Americano na Comissão Internacional de Fluxo Térmico IHFC. Possui ampla experiência na área de Geociências, com destaque nas áreas de Geotermia e Fluxo Térmico, atuando principalmente nos seguintes setores: fluxo geotérmico, energia geotérmica, recursos geotermais, tectonofísica, mudanças climáticas recentes, geofísica ambiental, sismicidade, propriedades térmicas de materiais geológicos, ensino superior. Ministrou mais de 30 cursos de pós-graduação em Geofísica. Atualmente, é responsável pelo Laboratório de Geotermia da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional no Rio de Janeiro. É consultor de quatro revistas internacionais e publicou mais que 100 trabalhos científicos.
Rio Hamza
“A linha de água permanece subterrânea desde sua nascente, só que não tão distante da superfície. Tanto que temos relatos de povoados daquele país, instalados na região de Cuzco, que utilizam este rio para agricultura. Eles sabem desse fluxo debaixo de terrenos áridos e por isso fazem escavações para poços ou mesmo plantações”.
(Valiya Mannathal Hamza).
Pesquisadores do Observatório Nacional divulgaram, este mês, no 12° Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio de Janeiro, um estudo que revela indícios da existência de um rio subterrâneo correndo sob o Rio Amazonas, desde os Andes até o Oceano Atlântico, a uma profundidade que pode chegar aos 4 mil metros. A pesquisa faz parte do trabalho de doutorado da geofísica Elizabeth Tavares Pimentel, orientada pelo Doutor Valiya Mannathal Hamza. Pimentel é coordenadora do curso de Ciências: Matemática e Física do Instituto de Educação, Agricultura e Meio Ambiente de Humaitá, AM.
“A temperatura no solo é de 24 graus Celsius constantes. Entretanto, quando ocorre a entrada da água, há uma queda de até 5 graus Celsius. Foi a partir deste ponto que começamos a desenvolver nosso estudo. Este pode ser o maior rio subterrâneo do mundo”. (Valiya Mannathal Hamza)
Os cientistas analisaram as informações térmicas de 241 poços perfurados, na década de 1970 e 1980, pela Petrobras. A metodologia baseia-se na identificação de sutis variações de temperatura decorrentes dos movimentos de fluídos em meios porosos. Graças às informações fornecidas pela Petrobras, os cientistas concluíram que a água cai na vertical até os 2.000 metros de profundidade e depois se torna quase horizontal em profundidades maiores.
“Vamos continuar nossa pesquisa, porque nossa base de dados precisa ser melhorada. A partir de Setembro vamos buscar informações sobre a temperatura no interior terrestre em Manaus e na Rondônia. Assim vamos determinar a velocidade exata do curso da água”. (Valiya Mannathal Hamza)
Enquanto a largura do Rio Amazonas de 1,6 quilômetros a quase 100 km, na área pesquisada, o Hamsa varia de 200 a 400 quilômetros. A velocidade da água no Rio Amazonas varia de 0,1 a 2 metros por segundo e as águas do Hamsa avançam, no máximo, 100 metros por ano. Embora esse valor possa ser considerado pequeno em relação à formidável vazão do Amazonas ele indica a existência de um sistema hidráulico subterrâneo sem precedentes. Para que se possa aquilatar a importância deste sistema, basta lembrar que sua vazão subterrânea é superior à vazão média do Rio São Francisco. A vazão do Hamza estimada em 3,1 mil m³/s enquanto a do Rio São Francisco é de 2,7 mil m³/s.
Aquífero?
“A água do Hamza segue até 150 km dentro do Atlântico e diminui os níveis de salinidade do mar. É possível identificar este fenômeno devido aos sedimentos que são encontrados na água, característicos de água doce, além da vida marinha existente, com peixes que não sobreviveriam em ambiente de água salgada”.
(Valiya Mannathal Hamza)
O doutor Hamza afirma: “Não é um aquífero, que é uma reserva de água sem movimentação. Nós percebemos movimentação de água, ainda que lenta, pelos sedimentos”.
Livro
O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre.
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Vice-Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio Grande do Sul; Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

1 comentários:

Anônimo disse...
Sobre o “Rio Hamza”
A velocidade de deslocamento desse “rio” é, de acordo com os pesquisadores, 0,000003 m/s – ora, isso é praticamente zero, como poderiam chamá-lo de rio? isso demonstra nenhum conhecimento de hidrologia, geologia, geografia…
Não existe rio algum, e sim um extenso aquífero (rochas porosas e permeáveis contendo água), já bem conhecido pelos geólogos brasileiros, chamado Aquifero Alter-do-Chão (pode ser achado no Google). Este aquifero tem seus primeiros 500 m de agua doce, abaixo disso a água se torna salgada. Suas águas não tem ligação, em profundidade, com o Oceano Atlântico, porque existe uma barreira geológica entre os dois.
Águas subterrâneas ocorrem em quase todos os terrenos (aquíferos locais) e seu aproveitamento é feito quando a água é escassa em superfície. No Peru ou em qualquer outro lugar. Dizer que é os peruanos utilizam água do “Rio Hamza”, é um pouco de delírio.
Os bolsões de água doce no Oceano Atlântico são devidos à formidável descarga do Rio Amazonas, obviamente...
Os geólogos da Petrobrás já pesquisaram toda a geologia (incluindo as águas subterrâneas), do sub-solo da Amazônia, e, aparentemente, os pesquisadores do ON não levaram em conta esse conhecimento. Resolveram reinventar a roda… quadrada…
Acredito que eles sejam sumidades em suas áreas de estudo, mas de hidrogeologia não entendem nada.
Rita Redaelli, Geóloga
Rio de Janeiro 

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