quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Operação conjunta descobre minas ilegais em terras indígenas

Edição do dia 09/11/2010
- Atualizado em 10/11/2010 00h28

Operação conjunta descobre minas ilegais em terras indígenas

A operação do Ibama, Polícia Federal e Funai descobriu pelo menos 30 minas abertas pelos garimpeiros em 170 hectares de terra arrasada pela mineração ilegal. O garimpo funcionava ilegalmente há muitos anos dentro da terra indígena Kayapó.


A polícia destruiu a pista clandestina, de 440 metros, aberta no meio da mata. E também geradores de energia e dragas usadas para garimpar o rio.

O garimpo funcionava ilegalmente há muitos anos dentro da terra indígena Kayapó. Área de 3.284 hectares a 160 quilômetros de redenção, no sul do Pará. No local vivem quase três mil índios, em 14 aldeias.


A operação do Ibama, Polícia Federal e Funai descobriu pelo menos 30 minas abertas pelos garimpeiros em 170 hectares de terra arrasada pela mineração ilegal. No lugar das árvores, terra exposta e grandes lagoas de água contaminada. Próximo às minas, a polícia encontrou cerca de 100 cabanas. Na pequena vila improvisada, tratores, caminhões e um sistema de captação de água. Tudo foi destruído. Cerca de 400 pessoas - entre elas mulheres e crianças - foram retiradas com ajuda de um helicóptero militar e levadas para cidades da região. As casas do acampamento foram queimadas.


A polícia também recolheu água dos rios da região e levou para análise. Índios de 14 aldeias Kayapó - que ficam na reserva - têm reclamado do aumento de doenças relacionadas ao contato com mercúrio. Se a água estiver contaminada, os índios podem ter que deixar a reserva.


“Após os resultados dos exames a Funai deverá em conjunto com o Ibama ver as providências que a ente vai tomar com relação a essa destruição que foi feita na área e essa ameaça a saúde dos índios”, diz o diretor de proteção ambiental do Ibama, Luciano Evaristo.


A polícia estima que o garimpo pudesse faturar até R$ 3 milhões por mês. Noventa pessoas vão responder a processo por extração ilegal.


“Há uma série de financiadores que nós estamos investigando. E essas pessoas, eu já falei, não pode ser descartada a possibilidade de uma eventual prisão no futuro”, explica o delegado da Polícia Federal, Carlos Moriel.
A Amazônia brasileira possui muitos tesouros: um verdadeiro mar interior de água doce, jazidas de minérios, muitos deles estratégicos; biodiversidade com o maior banco genético do mundo; posição estratégica na linha do Equador e um povo mestiço indígena de inúmeras etnias. Por isso, ela é alvo de cobiça internacional há anos.




No início dos anos 90, o Senador Bob Kasten, do Estado de Wisconsin, EUA, disse: "ao contrário do que pensam os brasileiros, a Amazônia não é deles, ela pertence a todos nós". Nesta mesma época, ainda nos EUA, foram produzidos mapas da América do Sul mostrando a Amazônia como região internacional.



Nos últimos meses, a internacionalização da Amazônia voltou a ser destaque na imprensa nacional e internacional. "The New York", o mais importante jornal norte-americano, em 18 de maio, publicou o artigo: "De quem é a Amazônia?".



Claramente, foi colocado o aumento de lideres internacionais que declaram abertamente que a Amazônia não pertence apenas ao Brasil. O candidato à presidência dos EUA, Barack Obama, prega e com documento escrito, a classificação da Amazônia como "recurso global".



Com o aumento do aquecimento global, aumento da poluição, da necessidade de energia, da escassez de água potável e desmatamento da Amazônia, questionamentos da nossa soberania sobre aquela região deverão aumentar.



O ex-presidente da República, Itamar Franco, afirmou que, nos dias 29 e 30 de abril deste ano, a corte inglesa, representada pelo Príncipe Charles, reuniu, em Londres, parlamentares ingleses, representantes de bancos europeus, representantes de ONGs internacionais e vários índios brasileiros da Reserva Raposa da Serra do Sol para tratar da floresta brasileira. É interessante observar que representantes do governo brasileiro não foram convidados.



No final da reunião, as idéias convergiram para uma espécie de financeirização da Amazônia com alocação de verbas para projetos na região que interessem ao debate de sua internacionalização. a Príncipe Charles será o interlocutor global da floresta, com movimentos que, no fundo, podem significar o início do processo de internacionalização.



Em função disso, o ex-presidente Itamar Franco protestou, junto ao Presidente Lula dos riscos na participação do Brasil no Instituto Internacional de Preservação da Amazônia, sugerido pelo Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Isto seria a revitalização do plano chamado de "Hiléia Amazônica", adotado por potências estrangeiras que, de forma malandra, queriam transformar a rica e portentosa área em patrimônio da humanidade. E o pior que, naquela época, em 1948, a idéia foi sugerida pelo embaixador do Brasil na UNESCO. Só não foi para frente porque o ex-presidente da República Arthur Bernardes fez protestos eloqüentes na Câmara Federal.



Mas, existe realmente risco de internacionalização? Esta é a pergunta que paira sobre os brasileiros. Ou isto é coisa de mineiro desconfiado?



As luzes de alerta já se acenderam e parece que o processo está em andamento, quando existe uma pressão internacional para a demarcação de extensas terras contínuas da Reserva Raposa da Serra do Sol, junto às fronteiras, no Estado de Roraima. Orientados e financiados por ONGs internacionais, líderes indígenas já falam: "Nós fazemos a vigilância de nossas fronteiras, não precisamos de pelotão do Exército"; "Se insistirem na construção da hidroelétrica, vai ser guerra internacional". E, ainda mais,fecham estradas com correntes, forçam a saída de não índios da área, viajam pelo mundo a fora em busca de apoio para a demarcação contínua.



Voltemo-nos à História para análise da situação:



- Há 160 anos, o México perdeu a Califórnia, uma rica região em ouro, para o EUA. Com o apoio dos norte-americanos, os próprios mexicanos, depois de luta sangrenta, proclamaram a independência da República da Califórnia, posteriormente anexada aos EUA.



- A Província do Panamá pertencia à Colômbia, que não aceitava as pressões internacionais, comandadas pelos EUA, para construção do canal que ligaria os oceanos Atlântico e Pacifico. A questão foi colocada como de interesse internacional e que não podia ser decidida apenas pela Colômbia. Algum tempo depois, treinados, estimulados e financiados pelos EUA, grupos da própria província se rebelaram contra a Colômbia e criaram a República do Panamá. Assim, os EUA conseguiram o canal e muitas outras concessões.



Dá para perceber as coincidências?



É hora de agir e rápido:



- Colocar a ABIN para identificar e conhecer as reais intenções das ONGs internacionais que patrocinam as viagens dos nossos índios, que treinam índios escolhidos para liderança, movimentos sociais, inflamação popular e espírito separatista. ONGs que praticam a biopirataria, espionagem, campanhas de internacionalização, prospecção do solo e contrabando de minerais.



- Ocupar os espaços das ONGs, com presença maciça na educação, formação profissional e implantação de Centros de Estudos.



- Reduzir o desmatamento e criar alternativas de renda para a população da região.



- Instalar unidades militares permanentes em terras indígenas, localizadas nas áreas de fronteiras. Enfim, estabelecer a presença do Estado na região, combatendo os grileiros, incendiários, madeireiros ilegais, latifundiários e pistoleiros. O combate a eles é também defesa nacional. Com a palavra os Ministros do STF - Supremo Tribunal Federal que decidirão sobre a demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol, e a responsabilidade fica com os governantes brasileiros

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