Engenheiros recomendam medidas para prevenir acidentes em encostas
JANEIRO / 2010
- O Clube de Engenharia e a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS), com base nas evidências, debates e sugestões apresentadas em recentes encontros técnicos sobre prevenção e remediação de deslizamentos, trazem a público algumas recomendações para a adoção imediata de medidas visando à melhoria da gestão da segurança das encostas.
Assim, considerando:
a) a ocupação crescente e inadequada de muitas encostas nos principais municípios do país, que contribui para a ocorrência periódica de acidentes graves em conseqüência de deslizamentos em encostas, em especial na época de chuvas intensas;
b) as repercussões negativas que os deslizamentos em encostas podem ocasionar, em especial neste período em que o país se prepara para sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016;
c) o histórico bem sucedido das ações da Fundação Instituto de Geotécnica do Município do RJ - GEO-RIO, ao longo das últimas décadas;
* A GEO- RIO É CONSTITUIDA DE GEÓLOGOS E ENGENHEIROS. GEÓGRAFOS, ENTRE OUTROS PROFISSIONAIS DE NIVEL SUPERIOR
d) a capacidade e o reconhecimento nacional e internacional dos inúmeros especialistas brasileiros que se dedicam a projetos, obras e pesquisa sobre o tema Encostas;
e) os elevados custos das obras de remediação quando comparados com as possíveis atividades de prevenção;
O Clube de Engenharia e a ABMS recomendam:
1) que os Governos Estaduais promovam e apóiem a criação de órgãos geotécnicos, a exemplo da Fundação GEO-RIO, para atuar de forma permanente nas atividades referentes à segurança das encostas, em auxílio direto aos municípios;
2) que o Governo Federal crie uma Comissão Federal de Segurança de Encostas, para articular e apoiar as ações dos órgãos geotécnicos estaduais e para estabelecer um Programa Nacional de Segurança de Encostas;
3) que os órgãos oficiais responsáveis pela autorização, concessão e fiscalização de projetos e obras envolvendo encostas aprimorem seus procedimentos, incluindo a obrigatoriedade da confecção de mapas geotécnicos e zoneamento de risco, visando sempre à prevenção de acidentes em encostas;
4) que os órgãos de Defesa Civil Nacional, Estaduais e/ou Municipais intensifiquem suas ações de prevenção de acidentes em encostas e promovam a cooperação com associações técnicas e universidades, para realizar cursos de treinamento de pessoal, seminários e cartilhas de conscientização da população, no que se refere às ações que reduzam o risco das encostas;
5) que os governos estaduais tornem obrigatória a avaliação, por especialistas em Geotecnica (engenheiros geotécnicos e geólogos de engenharia), dos projetos e construções em encostas, ou em suas proximidades.
Colocamo-nos à disposição das autoridades e do público em geral para prestar mais esclarecimentos e para cooperar nas ações acima recomendadas.
15 de Janeiro de 2010
Clube de Engenharia ABMS - Associação Brasileira de Mecânica
Rio de Janeiro dos Solos e Engenharia Geotécnica.
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O impacto trágico dos recentes deslizamentos em Angra dos Reis e na Ilha Grande, que provocaram mais de 50 mortes, seria substancialmente reduzido se a região contasse com um plano de mapeamento e gestão das áreas de risco. Para evitar a repetição de tragédias assim, especialistas apresentam nesta sexta-feira, no Rio, medidas preventivas que precisariam ser adotadas no âmbito estadual. O "2º Seminário sobre Prevenção de Acidentes em Encostas" é uma promoção da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), do Clube de Engenharia, do CREA-RJ, do CBMR (Comitê Brasileiro de Mecânica das Rochas) e da ABGE (Associação Brasileira de Geologia da Engenharia e Ambiental). O evento acontece nesta sexta-feira (15/1), no Clube de Engenharia (Av. Rio Branco, 124, 20º andar, no centro do Rio), das 9h30 às 13h00. E terá a participação de Marilene Ramos, secretária Estadual do Meio Ambiente, Luis Otavio Vieira, diretor da Geo-Rio, além de Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia, e Alberto Sayão, ex-presidente da ABMS, que fará a apresentação das propostas. Associação de caráter técnico e científico, fundada em 1950, a ABMS reúne engenheiros geotécnicos de todo o Brasil e especialistas em estabilidade de encostas, fundações e obras de infraestrutura. É presidida pelo engenheiro geotécnico Jarbas Milititsky. Depois de participar das ações de socorro às vítimas dos deslizamentos ocorridos em Santa Catarina em dezembro de 2008, a ABMS elaborou a "Carta de Joinville", sugerindo medidas preventivas que deveriam ser adotadas em âmbito nacional. "Os recentes deslizamentos de encostas registrados em vários pontos do país reafirmam a importância das medidas sugeridas na ''''Carta de Joinville''''", sustenta o presidente da ABMS. "Resta agora implementá-las, começando pelo Rio de Janeiro".
JANEIRO / 2010
- O Clube de Engenharia e a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS), com base nas evidências, debates e sugestões apresentadas em recentes encontros técnicos sobre prevenção e remediação de deslizamentos, trazem a público algumas recomendações para a adoção imediata de medidas visando à melhoria da gestão da segurança das encostas.
Assim, considerando:
a) a ocupação crescente e inadequada de muitas encostas nos principais municípios do país, que contribui para a ocorrência periódica de acidentes graves em conseqüência de deslizamentos em encostas, em especial na época de chuvas intensas;
b) as repercussões negativas que os deslizamentos em encostas podem ocasionar, em especial neste período em que o país se prepara para sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016;
c) o histórico bem sucedido das ações da Fundação Instituto de Geotécnica do Município do RJ - GEO-RIO, ao longo das últimas décadas;
* A GEO- RIO É CONSTITUIDA DE GEÓLOGOS E ENGENHEIROS. GEÓGRAFOS, ENTRE OUTROS PROFISSIONAIS DE NIVEL SUPERIOR
d) a capacidade e o reconhecimento nacional e internacional dos inúmeros especialistas brasileiros que se dedicam a projetos, obras e pesquisa sobre o tema Encostas;
e) os elevados custos das obras de remediação quando comparados com as possíveis atividades de prevenção;
O Clube de Engenharia e a ABMS recomendam:
1) que os Governos Estaduais promovam e apóiem a criação de órgãos geotécnicos, a exemplo da Fundação GEO-RIO, para atuar de forma permanente nas atividades referentes à segurança das encostas, em auxílio direto aos municípios;
2) que o Governo Federal crie uma Comissão Federal de Segurança de Encostas, para articular e apoiar as ações dos órgãos geotécnicos estaduais e para estabelecer um Programa Nacional de Segurança de Encostas;
3) que os órgãos oficiais responsáveis pela autorização, concessão e fiscalização de projetos e obras envolvendo encostas aprimorem seus procedimentos, incluindo a obrigatoriedade da confecção de mapas geotécnicos e zoneamento de risco, visando sempre à prevenção de acidentes em encostas;
4) que os órgãos de Defesa Civil Nacional, Estaduais e/ou Municipais intensifiquem suas ações de prevenção de acidentes em encostas e promovam a cooperação com associações técnicas e universidades, para realizar cursos de treinamento de pessoal, seminários e cartilhas de conscientização da população, no que se refere às ações que reduzam o risco das encostas;
5) que os governos estaduais tornem obrigatória a avaliação, por especialistas em Geotecnica (engenheiros geotécnicos e geólogos de engenharia), dos projetos e construções em encostas, ou em suas proximidades.
Colocamo-nos à disposição das autoridades e do público em geral para prestar mais esclarecimentos e para cooperar nas ações acima recomendadas.
15 de Janeiro de 2010
Clube de Engenharia ABMS - Associação Brasileira de Mecânica
Rio de Janeiro dos Solos e Engenharia Geotécnica.
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O impacto trágico dos recentes deslizamentos em Angra dos Reis e na Ilha Grande, que provocaram mais de 50 mortes, seria substancialmente reduzido se a região contasse com um plano de mapeamento e gestão das áreas de risco. Para evitar a repetição de tragédias assim, especialistas apresentam nesta sexta-feira, no Rio, medidas preventivas que precisariam ser adotadas no âmbito estadual. O "2º Seminário sobre Prevenção de Acidentes em Encostas" é uma promoção da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), do Clube de Engenharia, do CREA-RJ, do CBMR (Comitê Brasileiro de Mecânica das Rochas) e da ABGE (Associação Brasileira de Geologia da Engenharia e Ambiental). O evento acontece nesta sexta-feira (15/1), no Clube de Engenharia (Av. Rio Branco, 124, 20º andar, no centro do Rio), das 9h30 às 13h00. E terá a participação de Marilene Ramos, secretária Estadual do Meio Ambiente, Luis Otavio Vieira, diretor da Geo-Rio, além de Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia, e Alberto Sayão, ex-presidente da ABMS, que fará a apresentação das propostas. Associação de caráter técnico e científico, fundada em 1950, a ABMS reúne engenheiros geotécnicos de todo o Brasil e especialistas em estabilidade de encostas, fundações e obras de infraestrutura. É presidida pelo engenheiro geotécnico Jarbas Milititsky. Depois de participar das ações de socorro às vítimas dos deslizamentos ocorridos em Santa Catarina em dezembro de 2008, a ABMS elaborou a "Carta de Joinville", sugerindo medidas preventivas que deveriam ser adotadas em âmbito nacional. "Os recentes deslizamentos de encostas registrados em vários pontos do país reafirmam a importância das medidas sugeridas na ''''Carta de Joinville''''", sustenta o presidente da ABMS. "Resta agora implementá-las, começando pelo Rio de Janeiro".
Serviço
Seminário Prevenção de Acidentes em Encostas
Data: 15/01/2010
Local: Clube de Engenharia, Rio de Janeiro. Av. Rio Branco, 124, 20º andar
Horário: 9h30 - 13h
18/01/2010 01:06
ABMS e Clube de Engenharia propõem a criação de órgão Federal para cuidar da prevenção a deslizamentos de encostas
RIO DE JANEIRO [ ABN NEWS ] - Para evitar que novos deslizamentos venham a causar mais mortes e prejuízos materiais, como os ocorridos este ano no Rio de Janeiro e em várias regiões do País, engenheiros geotécnicos reunidos na sexta-feira (15/1) no Clube de Engenharia, no Rio, firmaram um documento público com cinco propostas principais. Assinado pela ABMS (Associação Brasileira de Mecânica das Rochas e Engenharia Geotécnica) e pelo Clube de Engenharia, o texto recomenda que os governos estaduais promovam a criação de órgãos geotécnicos estaduais para atuar de forma permanente em apoio aos municípios, visando à segurança das encostas.
As duas entidades querem também a definição de um Plano Nacional de Segurança de Encostas, que deverá ser articulado por um novo órgão a ser criado, a Comissão Federal de Segurança de Encostas. "O tema é de âmbito nacional e precisa de soluções abrangentes", afirma um dos signatários do documento, o engenheiro geotécnico Jarbas Milititsky, presidente da ABMS. "O deslizamento acontece naturalmente nos municípios - mas este é um problema que merece uma abordagem mais profunda, envolvendo órgãos federais, estaduais e municipais", sustenta o engenheiro.
O documento faz outras recomendações - como a elaboração compulsória de mapas geotécnicos para identificar as áreas de risco. Outra medida proposta é a integração das universidades e associações técnicas ao trabalho de gestão das áreas de risco, treinamento de pessoal e ações de conscientização da população.
A quinta recomendação da ABMS e do Clube de Engenharia é que os governos estaduais devem tornar obrigatória a avaliação dos projetos e construções em encostas por parte de especialistas em Geotecnia. O “2º Seminário sobre Prevenção de Acidentes em Encostas” reuniu 170 especialistas na manhã desta sexta-feira, 15 de janeiro, no centro do Rio. Participaram do encontro a secretária Marilene Ramos, titular da Secretaria do Ambiente do Estado do Rio, que fez um balanço das iniciativas do governo frentes às enchentes e deslizamentos deste ano, e o diretor da GEO-RIO, Luis Otávio Vieira.
Ao final do encontro, Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia e ex-presidente da ABMS, fez a leitura do documento conjunto assinado pelo Clube e pela ABMS. O texto foi entregue à secretária Marilene Ramos. A ABMS foi representada por seu ex-presidente, Alberto Sayão, que representou no encontro o atual presidente Jarbas Milititsky, por Ian Schumann Martins, presidente do Núcleo Rio da ABMS, e por Anna Laura Nunes, presidente do CBMR, além de diversos associados que compareceram ao encontro. O Seminário foi uma promoção da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), do Clube de Engenharia, do CREA-RJ, do CBMR (Comitê Brasileiro de Mecânica das Rochas) e da ABGE (Associação Brasileira de Geologia da Engenharia e Ambiental). Associação de caráter técnico e científico, fundada em 1950, a ABMS reúne engenheiros geotécnicos de todo o Brasil e especialistas em estabilidade de encostas, fundações e obras de infraestrutura. É presidida pelo engenheiro geotécnico Jarbas Milititsky. Depois de participar das ações de socorro às vítimas dos deslizamentos ocorridos em Santa Catarina em dezembro de 2008, a ABMS elaborou a “Carta de Joinville”, sugerindo medidas preventivas que deveriam ser adotadas em âmbito nacional. “Os recentes deslizamentos de encostas registrados em vários pontos do país reafirmam a importância das medidas sugeridas na ‘Carta de Joinville’”, sustenta o presidente da ABMS. “Resta agora implementá-las, começando pelo Rio de Janeiro”.
18/01/2010
Engenheiro volta a propor instituto de geotecnia ao Rio
Agência Estado
RIO DE JANEIRO - A tragédia ocasionada pela forte chuva no Rio poderia ser evitada se houvesse um Instituto de Geotecnia mapeando e administrando as áreas de risco de deslizamento em todo o estado. A afirmação é consensual entre engenheiros e geólogos durante o 2º Seminário sobre Prevenção de Acidentes em Encostas, semana passada, no Clube de Engenharia, no centro do Rio.A proposta é antiga e recorrente em encontros como esse, mas ganhou força com os desastres em Angra dos Reis, na Costa Verde, e na Baixada Fluminense, no início do ano, que custaram a vida de mais de 70 pessoas no estado, além de prejuízos materiais. A ideia foi discutida pela primeira vez há cinco anos, no primeiro simpósio, realizado na cidade de Angra dos Reis. Para o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, é crucial que neste momento exista um órgão com atuação direta nos problemas.
15/01/2010
15/01/2010
O "milagre" Geo-Rio
FRANCIS BOGOSSIAN
PRESIDENTE DO CLUBE DE ENGENHARIA E DA ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE ENGENHARIA DO RIO DE JANEIRO
Cortado pela Serra do Mar e Serra da Mantiqueira, o Estado do Rio de Janeiro caracteriza-se por uma topografia eminentemente montanhosa. As fortes chuvas que caem no verão se repetem sempre. Não são novidade ou fato novo, mas as enxurradas nos surpreendem a cada ano com novos acidentes, quase sempre com muitas vítimas. Os taludes, que são as superfícies inclinadas dos morros e montanhas, sofrem com as chuvas, porque, simplificando as teorias da Mecânica dos Solos, a água diminui a resistência interna e ao mesmo tempo aumenta o peso do terreno, provocando os deslizamentos. Os desastres desta natureza, no entanto, podem ser evitados, na maioria das vezes através de intervenções de baixo custo e rápida execução.A construção de canaletas, para coletar e disciplinar os caminhos das águas e a proteção dos solos superficiais com vegetação ou insumos químicos são exemplos de ações que não exigem grandes investimentos, mas raramente são executadas antes dos desmoronamentos. Muros de contenção em áreas de risco são obras mais caras, porém infinitamente mais baratas do que aquelas que precisam ser realizadas depois dos acidentes. Em qualquer caso, por mais alto que seja o preço de uma obra preventiva, seu custo é sempre inferior aos investimentos necessários após dos deslizamentos, sem falar nas perdas materiais e humana
Um levantamento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), do governo federal, indica que 81% dos municípios do Estado do Rio, ou seja, 75 dos 92, têm riscos geológicos, em menor ou maior intensidade. O que surpreende é que mesmo assim, com exceção do município do Rio de Janeiro, parece não haver preocupação e, portanto, a respectiva dotação orçamentária das prefeituras para mapear as áreas de risco. E, muito menos, para disciplinar as construções nas encostas, com exigências de estudos geotécnicos para licenciamento das construções. Durante muitos anos o termo "remoção de favelas" foi visto como politicamente incorreto. E, sem condições de oferecer uma opção melhor para as famílias de baixa renda, os prefeitos fecharam os olhos para as invasões de área públicas e privadas. Nos morros, a vegetação foi substituída por construções irregulares. Foi preciso que acontecessem mais mortes, como em Angra dos Reis, para que se pudesse voltar a falar em remoção de famílias nas áreas de risco. O programa "Minha Casa, Minha Vida" é a porta de saída para oferecer moradia digna para as populações de baixa renda. As prefeituras precisam aproveitar esta oportunidade para mudar o quadro de degradação habitacional que tomou conta do Estado. Em Angra dos Reis, mais de 100 mil pessoas construíram suas casas, legal ou ilegalmente, em encostas. No Rio, a população favelada já ultrapassou um milhão de habitantes.
O Brasil criou uma legislação de meio ambiente extremamente rigorosa, mas que só é exigida para construções regulares e privadas. O poder público não é multado ou acionado quando é omisso e permite construções irregulares em encostas e nas margens dos rios.
As prefeituras não são responsabilizadas também pelos desmoronamentos ou enchentes. A culpa é sempre da chuva. E os desastres se sucedem a cada ano com mais intensidade.
Chegou a hora de mudar. Assim como não se pode cortar uma árvore sem o consentimento de um órgão ambiental, não se poderia também construir em áreas de encostas sem a exigência de um estudo geotécnico. Urge a criação de um organismo estadual ou a exigência de departamentos geotécnicos nos municípios em regiões montanhosas.
A Fundação Geo-Rio, na cidade do Rio de Janeiro, que tem reconhecimento internacional, é um exemplo que deve ser seguido. Embora não possa agir contra as ocupações irregulares, o órgão monitora, desde 1966, as encostas da cidade, identificando áreas de risco e contratando obras de drenagem e contenção. É só se olhar para o Corcovado e outros morros da cidade para identificar estruturas de sustentação de maciços de solos e rochas que, se não tivessem sido escorados, poderiam causar desastres de grandes proporções.Na cidade do Rio de Janeiro, a Prefeitura exige estudos geotécnicos nos licenciamentos para construção em áreas de encostas ou próximas aos morros. Os projetos são avaliados pela Geo-Rio e só depois de aprovados liberados para execução. Isto vale para as obras públicas e privadas.
A Geo-Rio monitora também os níveis pluviométricos, através do sistema Alerta Rio, como medida de prevenção de acidentes. Trata-se de um sistema automatizado que indica quando uma região de risco é afetada por chuva excepcional, alertando com antecedência sobre a necessidade de evacuação,
Em uma cidade montanhosa como o Rio, com os morros cobertos de favelas, é o "milagre" Geo-Rio, que vem conseguindo evitar desastres de maiores proporções. Este "milagre" é uma equipe técnica experiente e altamente especializada.
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