São Paulo - 25 de Julho de 2008
A avidez das siderúrgicas por minas de minério de ferro está ajudando a elevar os preços das mineradoras disponíveis no mercado. Atualmente, existem dois ativos à venda no Brasil - a Namisa, da CSN, e a mina da London Mining, ambas em Minas Gerais - que estão sendo disputados por empresas russas, indianas e chinesas, entre as quais constam várias siderúrgicas.
"Antes apenas as mineradoras tinham interesse neste tipo de ativo, mas agora o número de siderúrgicas ofertantes é crescente", diz uma fonte do mercado. Em maio, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou em entrevista à Agência Estado que já havia recebido mais de 40 propostas de tradings japonesas, chinesas, siderúrgicas e mineradoras para a compra de uma fatia de Namisa. A baixa oferta de minas à venda também colabora para a valorização dos ativos.
A última mineradora de minério de ferro de grande porte que estava disponível era a J.Mendes, comprada pela siderúrgica Usiminas no início deste ano. Segundo um especialista, isso tem incentivado as companhias estrangeiras a fazerem propostas por ativos menores e que não foram colocados à venda pelos seus proprietários. "Não existe mais limite de preço neste mercado", diz. Este é o caso da London Mining, que comprou seu primeiro ativo no Brasil em maio do ano passado, em Serra Azul, a 65 quilômetros de Belo Horizonte. Desde então, recebeu várias propostas de aquisição e começou a estudar a possibilidade de vender a mina.
A última mineradora de minério de ferro de grande porte que estava disponível era a J.Mendes, comprada pela siderúrgica Usiminas no início deste ano. Segundo um especialista, isso tem incentivado as companhias estrangeiras a fazerem propostas por ativos menores e que não foram colocados à venda pelos seus proprietários. "Não existe mais limite de preço neste mercado", diz. Este é o caso da London Mining, que comprou seu primeiro ativo no Brasil em maio do ano passado, em Serra Azul, a 65 quilômetros de Belo Horizonte. Desde então, recebeu várias propostas de aquisição e começou a estudar a possibilidade de vender a mina.
Incluindo o valor da aquisição, a London Mining investiu US$ 130 milhões na operação, que terá sua produção ampliada de 500 mil toneladas para 3,5 milhões de toneladas. A meta, numa segunda etapa, é chegar a 10 milhões de toneladas anuais, caso a mina não seja vendida, segundo a assessoria de imprensa da companhia.
O que sustenta a valorização destes ativos, segundo os especialistas, é a perspectiva de que o minério de ferro manterá seu ciclo de alta no mínimo até 2012. Além da demanda chinesa, os preços devem ser suportados pela elevada concentração da produção de minério nas mãos da Vale, da Rio Tinto e da BHP Billiton, que dominam 70% do comércio transoceânico de minério de ferro. Apesar de não esperarem uma queda expressiva dos preços do minério, as empresas têm interesse em comprar minas em operação para aproveitar o pico dos preços. Neste sentido, a venda da Namisa deve despertar um interesse maior do que o da London Mining porque conta com estrutura logística própria, enquanto os ativos da London Mining precisam receber investimentos nesta área, segundo uma outra fonte.
Outra diferença entre os dois ativos é o volume de produção. A Namisa produz cerca de 14 milhões de toneladas de minério por ano e tem planos de atingir 42 milhões de toneladas até 2012. A expectativa do mercado é de que a venda da Namisa seja fechada em agosto ou setembro. A idéia inicial da CSN é vender uma fatia de até 40% de participação na mineradora, com o objetivo de chamar a atenção do mercado para o valor do ativo e valorizar a Casa de Pedra, seu maior ativo em mineração
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