Votorantim: investimento em zinco será de US$ 500 milhões
São Paulo - 15 de Outubro de 2007
A Votorantim investirá US$ 500 milhões para ampliar sua produção de zinco de 400 mil toneladas por ano para 750 mil toneladas. O aporte faz parte dos investimentos de R$ 11,1 bilhões que serão feitos pela companhia na área de metais nos próximos três anos, segundo informou há pouco o presidente da Votorantim Industrial, José Roberto Ermírio de Moraes, em entrevista ao Broadcast Ao Vivo."Nosso maior projeto em metais é na área de zinco, com a duplicação das operações no Peru e a redução de gargalos no Brasil", disse. O segundo maior projeto é no setor de aços longos, que ganhará uma nova usina em Resende (RJ) com capacidade para 1 milhão de toneladas. O investimento deverá ser feito em duas etapas de 500 mil toneladas. Contando as operações da colombiana Acerías Paz del Rio, adquirida pela Votorantim este ano, a capacidade de aços longos chegará a 2,7 milhões de toneladas, muito acima da capacidade atual de quase 600 mil toneladas.
A usina de aços longos da empresa em Barra Mansa (RJ) atingirá sua capacidade máxima de produção no final deste ano. Segundo Moraes, não havia condição de expansão nesta unidade, o que motivou o investimento em outra usina. "Também fomos incentivados pela expectativa de crescimento de 4% a 5% na economia e pelo aumento dos negócios na construção civil", afirmou. Hoje, a Votorantim possui uma fatia de 10% no mercado, que é dominado pela Gerdau e pela Belgo (controlada pela Arcelor Mittal).
Em um primeiro momento, a produção de longos será parcialmente exportada porque o mercado interno levará algum tempo para absorver a maior oferta, mas o foco do investimento é no mercado doméstico. "Pretendemos seguir crescendo no Sudeste, principal mercado da empresa, e se possível vamos aumentar nossa participação", disse. No setor de níquel, a Votorantim pretende produzir 50 mil toneladas a mais por ano, a partir da capacidade atual de 27 mil toneladas.
O alumínio também ganhará investimentos para aumentar a produção de 470 mil toneladas da CBA para 600 mil toneladas por ano. Segundo Moraes, todos os projetos ficarão prontos em no máximo dois anos e meio. A elevada demanda por equipamentos para mineração em todo o mundo não deve ser um problema para a empresa porque os contratos de longo prazo já foram fechados com todos os fornecedores, segundo o executivo.
"Hoje existe gargalo para aquisição de equipamentos na área de mineração, mas não temos risco de atraso para nossos projetos", disse. Segundo ele, a maioria dos fornecedores é estrangeira, com exceção da área de engenharia, montagem e construção civil.
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