domingo, 30 de dezembro de 2007

Brasileiros criam "cidade-garimpo" na Guiana JORNAL DO RADIO - RORAIMA BRASIL

Brasileiros criam "cidade-garimpo" na Guiana
29-Dec-2007
11:38:58-Atraídos pelo menor rigor na fiscalização ambiental, garimpeiros brasileiros criaram uma cidade, chamada Frenchman Hill (morro do francês), na Guiana, onde exploram ouro e diamante em meio à floresta.
Pioneiro do grupo, Tibúrcio Valeriano de Andrade Neto, 52, diz que brasileiros pagam propina a autoridades da Guiana, usam nome de guianenses laranjas para garimpar e levam ao país "o jeitinho brasileiro".

Para chegar a Frenchman Hill, são necessárias uma camioneta com tração nas quatro rodas e seis horas de viagem (a depender da demora das balsas para atravessar rios e da velocidade do motorista que, no caso da reportagem, chegou a 120 km/h). A estrada sem asfalto é a única que liga a capital Georgetown ao interior do país e à fronteira com o Brasil.

Bonfim
A estrada parte de Lethem, cidade da Guiana, separada do município de Bonfim (RR) pelo rio Itacutu (primeira balsa da viagem). Duas horas de viagem depois, passa pela reserva ambiental Iwokrama, já na floresta amazônica. É na região de floresta que fica o garimpo.
Alguns quilômetros à frente, após a travessia de balsa pelo rio Kurupukari, é preciso pegar, à esquerda, um braço da estrada. Trata-se de uma via estreita, tomada por poças de lama e pela mata fechada, que chega a fazer um túnel verde.
Vencidos 265 km, Frenchman Hill surge com 18 casas de madeira que servem ao comércio (lanchonete, armazéns, loja de roupas) e também um escritório da GGMC (Comissão de Geologia e Minas da Guiana), órgão governamental que fiscaliza a mineração.

Barracas
Barracas de garimpeiros estão espalhadas em volta, distribuídas em dezenas de áreas de garimpo que têm, cada uma, o tamanho equivalente a um campo de futebol e representam a devastação da floresta.

Não há censo que aponte o número de garimpeiros brasileiros. Apenas Neto, o pioneiro do grupo, emprega 22 funcionários, que podem ganhar até R$ 2.000 por mês. Seu irmão, Cristino Pereira de Andrade, 48, diz que "são muito mais de cem brasileiros" por lá.
Potaro-Siparuni, região onde está Frenchman Hill, possui 10 mil habitantes em 20.051 km2, ou seja, 0,5 por km2, segundo censo de 2002.

Em cada área de garimpo, a floresta foi derrubada e os igarapés (riachos que nascem na mata e deságuam em rios) tiveram o curso desviado. Deles sai a água para remover a terra, com uso de dragas, na busca pelo ouro e diamante.

"Aqui existe [fiscalização ambiental] também, mas é um pouco mais largada", diz Edmundo Lomas, 35, comerciante que vende de "aparelho de barbear a arroz e prego" em sua mercearia. Ele diz que cobra 250% a mais em relação ao preço dos produtos no Brasil.

Propina
Lomas confessa que paga propina para que a carga de mercadorias, trazida de Boa Vista (RR), possa chegar.
"Mesmo que a carga esteja 100% documentada, ainda arrumam um jeito de dar uma mordida. Todos os funcionários do governo daqui ganham um salário irrisório. Aí é preciso pagar [propina] R$ 10, R$ 20", afirma Lomas, que tem 40 clientes fixos brasileiros.
"Aqui há 13 anos já foi garimpo. Aí deu uma queda, o pessoal abandonou. Depois reativaram de novo, já tem uns dois anos, quando vim para cá", afirma Neto, que nasceu no Maranhão e passou por garimpos da Venezuela. "Aqui é mais tranqüilo. Existe propina também, mas é mais fácil de a gente combinar", diz o garimpeiro.
"Tem o dono da terra, e a gente tem que ter autorização do dono da terra [para garimpar. Estrangeiro não pode]. A gente dá o dinheiro. Ele [guianense] compra aquela área e a gente fica sócio dele, usando o nome dele, mas a gente não é dono", diz rindo Neto. "É um laranja", explica Lomas.

Segundo Neto, que passa os fins de semana em Boa Vista (RR) com a mulher e o seis filhos, de 15 a 26 anos, o dono da terra fica com 10% da produção do garimpo. O valor da propina, diz Neto, chega a 100 gramas de ouro para os fiscais da Guiana.
"Aqui existe o jeitinho brasileiro. Uma parte a gente não consegue cumprir, mas no Brasil nem assim conseguiríamos [trabalhar]", diz. Frenchman Hill é dominada por dois idiomas, o inglês, oficial, e o português, devido aos garimpeiros.

Fonte: Fenpef/Folha de São Paulo

Brasileiros criam "cidade-garimpo" na Guiana Em Frenchman Hill, garimpeiros pagam propina a autoridades e fazem uso de laranjas para explorar ouro e diamante29/12/2007Atraídos pelo menor rigor na fiscalização ambiental, garimpeiros brasileiros criaram uma cidade, chamada Frenchman Hill (morro do francês), na Guiana, onde exploram ouro e diamante em meio à floresta.Pioneiro do grupo, Tibúrcio Valeriano de Andrade Neto, 52, diz que brasileiros pagam propina a autoridades da Guiana, usam nome de guianenses laranjas para garimpar e levam ao país "o jeitinho brasileiro".Para chegar a Frenchman Hill, são necessárias uma camioneta com tração nas quatro rodas e seis horas de viagem (a depender da demora das balsas para atravessar rios e da velocidade do motorista que, no caso da reportagem, chegou a 120 km/h). A estrada sem asfalto é a única que liga a capital Georgetown ao interior do país e à fronteira com o Brasil.A estrada parte de Lethem, cidade da Guiana, separada do município de Bonfim (RR) pelo rio Itacutu (primeira balsa da viagem). Duas horas de viagem depois, passa pela reserva ambiental Iwokrama, já na floresta amazônica. É na região de floresta que fica o garimpo.Alguns quilômetros à frente, após a travessia de balsa pelo rio Kurupukari, é preciso pegar, à esquerda, um braço da estrada. Trata-se de uma via estreita, tomada por poças de lama e pela mata fechada, que chega a fazer um túnel verde.

Vencidos 265 km, Frenchman Hill surge com 18 casas de madeira que servem ao comércio (lanchonete, armazéns, loja de roupas) e também um escritório da GGMC (Comissão de Geologia e Minas da Guiana), órgão governamental que fiscaliza a mineração.Barracas de garimpeiros estão espalhadas em volta, distribuídas em dezenas de áreas de garimpo que têm, cada uma, o tamanho equivalente a um campo de futebol e representam a devastação da floresta.Não há censo que aponte o número de garimpeiros brasileiros. Apenas Neto, o pioneiro do grupo, emprega 22 funcionários, que podem ganhar até R$ 2.000 por mês. Seu irmão, Cristino Pereira de Andrade, 48, diz que "são muito mais de cem brasileiros" por lá.Potaro-Siparuni, região onde está Frenchman Hill, possui 10 mil habitantes em 20.051 km2, ou seja, 0,5 por km2, segundo censo de 2002.Em cada área de garimpo, a floresta foi derrubada e os igarapés (riachos que nascem na mata e deságuam em rios) tiveram o curso desviado. Deles sai a água para remover a terra, com uso de dragas, na busca pelo ouro e diamante."Aqui existe [fiscalização ambiental] também, mas é um pouco mais largada", diz Edmundo Lomas, 35, comerciante que vende de "aparelho de barbear a arroz e prego" em sua mercearia. Ele diz que cobra 250% a mais em relação ao preço dos produtos no Brasil.Lomas confessa que paga propina para que a carga de mercadorias, trazida de Boa Vista (RR), possa chegar."Mesmo que a carga esteja 100% documentada, ainda arrumam um jeito de dar uma mordida. Todos os funcionários do governo daqui ganham um salário irrisório. Aí é preciso pagar [propina] R$ 10, R$ 20", afirma Lomas, que tem 40 clientes fixos brasileiros."Aqui há 13 anos já foi garimpo. Aí deu uma queda, o pessoal abandonou. Depois reativaram de novo, já tem uns dois anos, quando vim para cá", afirma Neto, que nasceu no Maranhão e passou por garimpos da Venezuela. "Aqui é mais tranqüilo. Existe propina também, mas é mais fácil de a gente combinar", diz o garimpeiro."Tem o dono da terra, e a gente tem que ter autorização do dono da terra [para garimpar. Estrangeiro não pode]. A gente dá o dinheiro. Ele [guianense] compra aquela área e a gente fica sócio dele, usando o nome dele, mas a gente não é dono", diz rindo Neto. "É um laranja", explica Lomas.Segundo Neto, que passa os fins de semana em Boa Vista (RR) com a mulher e o seis filhos, de 15 a 26 anos, o dono da terra fica com 10% da produção do garimpo. O valor da propina, diz Neto, chega a 100 gramas de ouro para os fiscais da Guiana."Aqui existe o jeitinho brasileiro.

Uma parte a gente não consegue cumprir, mas no Brasil nem assim conseguiríamos [trabalhar]", diz.

Frenchman Hill é dominada por dois idiomas, o inglês, oficial, e o português, devido aos garimpeiros
.Fonte: Folha de S. Paulo

sábado, 29 de dezembro de 2007

IBRAM -AGENCIA NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS

Brasil necessita de reestruturação regulatória do setor mineral* Conceição Clemente

O Projeto de Lei nº. 903 de 2007 que, entre outros aspectos, dispõe sobre a criaçãoda Agência Nacional de Recursos Minerais, sinaliza a urgente necessidade de reestruturação regulatória do setor mineral, aspecto que, diante dos segmentos como telecomunicações, energia elétrica, petróleo e outros mais, apresenta uma defasagem de pelo menos dez anos. A atuação estatal , neste âmbito, não conseguiu se engajar na dinâmica do ritmo acelerado e compartilhado que, neste início de século, vem impondo por múltiplos fatores, em especial, pela globalização.

Recente trabalho do IBRAM (15/6/07) entregue em audiência do setor mineral com o presidente da Câmara dos Deputados sobre "A Indústria daMineração e o Crescimento do Brasil" formula solicitações e sugestões sobre assuntos da máxima urgência e relevância para o País como:licenciamento ambiental, mineração em terras indígenas e de minerais nucleares, tratamento diferenciado para o setor de agregados daconstrução civil (argila, brita, areia e outros) cuja regulação, em bases compatíveis com o século XXI, exige urgente concretização.

A idéia de que a concentração do poder normativo das agências reguladoras esvazia as competências do Legislativo e Executivo não mais pode encontrar respaldo ante o desempenho e o impulsodemonstrados, na prática, pelas agências ora em funcionamento no País e a exemplo dos modelos americano, canadense e australiano.

Enquanto isso, o setor mineral brasileiro que, há várias décadas, está sujeito a um processo lento e burocrático entre o deferimento deuma pesquisa e o momento final da outorga do direito de lavra, sofre restrições que vão da perda de oportunidades de trabalho pela grandemassa de cidadãos brasileiros até a busca dos mesmos mercados em outros países pelos grandes investidores do setor.

Mesmo assim, as perspectivas de participação do segmento mineral no PIB para 2007 se aproximam dos 6%, reflexo concreto de que vale apena, o Brasil é um País de vocação mineral, haja vista a quase centena de espécies de substâncias minerais tecnicamente detectadas ecomercialmente procuradas, em sua maior parte.

Portanto, ainda que o Projeto de Lei 903 de 2007 possa vislumbrar em seu texto a necessidade de muitas alterações, inserções ou exclusões, a ele o mérito de buscar a recuperação do tempo perdido".

*Conceição Clemente é sócia do escritório Dória, Jacobina e Rosado Advogados e especialista em Direito Minerário - www.djrlaw.com.br

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

MINA DE VANÁDIO NA BAHIA TERÁ INVESTIMENTO D R$216 MILHÕES

São Paulo - 20 de Dezembro de 2007
A primeira mina brasileira de vanádio começará a ser explorada em Maracás, na Bahia, com produção estimada em mais de cinco mil toneladas por ano. O início da operação foi confirmado para 2010, pela Largo Mineradora, depois das análises revelarem o teor de 1,44% do minério, a maior concentração do mundo. O investimento inicial será de R$216 milhões, gerando 450 empregos diretos. A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) descobriu a mina e receberá 3% de royalties e aproximadamente 5% das ações do empreendimento. Muito utilizado na fabricação de aços especiais e de alta resistência mecânica, o minério está cotado no mercado mundial acima de R$64 o quilo.

A receita bruta estimada de R$324 milhões pode ser ainda com a produção simultânea de platina e paládio, minerais de alto valor comercial e também presentes na área de quatro hectares localizada a 400km de Salvador. Cerca de 20% da ferro-vanádio deverá ser absorvida pelas siderúrgicas nacionais e o restante vai ser exportado através do Porto de Ilhéus ou Salvador, para a Europa e Estados Unidos (EUA), onde estão os maiores fabricantes de aviões de grande porte, ferramentas e oleodutos.

A Largo Mineradora, que na época da licitação pública pertencia à Odebrecht, espera agora conseguir as outorgas e licenças ambientais necessárias. Se tudo ocorrer conforme o planejamento, a estrutura deve ficar pronta ainda no terceiro trimestre de 2009. “Estamos otimistas, pois com esta concentração podemos baixar os custos e ainda explorar os subprodutos”, afirmou Kurt Menchen, gerente geral da Largo no Brasil.

Antes desta mina, a maior concentração de vanádio conhecida era de 0,4%, encontrada na África. A empresa mantém ainda estudos para explorar tungstênio no Canadá, onde mantém um escritório central, e cobre e ouro, no Equador. Até ficar pronta, a mina deve empregar mais de 1.200 pessoas durante os preparativos para a exploração e impulsionar a economia de uma das regiões mais secas e pobres do estado.

“Nós estamos muito confiantes nas possibilidades de desenvolvimento para região. Vamos atuar junto ao Centro de Recursos Ambientais (CRA), para garantir as licenças e depois avaliar como será a nossa participação acionária”, explicou Paulo Fontana, presidente da CBPM, ligada à Secretaria da Industria, Comércio e Manutenção (SICM). A expectativa da CBPM é receber R$29,7 milhões anuais apenas com os royalties.
Vanádio
O vanádio (homenagem a deusa Vanadis) é um elemento químico , símbolo V , número atômico 23 ( 23 prótons e 23 elétrons ) de massa atómica 51 u que, nas condições ambientes , é encontrado no estado sólido.

Foi descoberto pelo mineralogista espanhol Andrés Manuel del Río, no México, em 1801, num mineral de chumbo. Em 1830, o sueco Nils Gabriel Sefström descobriu o elemento num óxido que encontrou enquanto trabalhava numa mina de ferro e deu-lhe o nome pelo qual é conhecido atualmente.

Está situado no grupo 5 ( 5B ) da tabela periódica dos elementos. É um metal dúctil , macio e apesar de ser bem mais abundante que o cobre, com uma abundância crustal de 160 ppm, forma poucos minerais. A razão do vanádio formar tão poucos minerais reside no facto de o ião (ion) V3+ ser geoquimicamente semelhante ao ião Fe3+, um ião abundante e constituinte de muitos minerais. Assim, o ião V3+ geralmente substitui o Fe3+ nos minerais (notavelmente na magnetita) em lugar de formar os seus próprios minerais. É, ainda assim, encontrado em diversos minerais, e é empregado principalmente em algumas ligas metálicas. Titânio - Vanádio - Crômio
1 Características principais
2 Aplicações
3 História
4 Compostos
5 Papel biológico
6 Abundância e obtenção
7 Isótopos
8 Precauções
9 Referências
10 Links externos
Características principais
O vanádio é um
metal de transição mole, dúctil de cor cinzenta e brilhante. Apresenta alta resistência ao ataque das base, ao ácido sulfúrico (H2SO4) e ao ácido clorídrico (HCl). É obtido a partir de diversos minerais, até do petróleo. Também pode ser obtido da recuperação do óxido de vanádio em pó procedendente de processos de combustão. Tem algumas aplicações nucleares devido a sua baixa captura de neutrons. É um elemento químico essencial em alguns seres vivos, embora não seja conhecida exatamente a sua função.
Nos seus compostos apresenta
estados de oxidação +2, +3, +4 e +5.

Aplicações
Aproximadamente 80% do vanádio produzido é empregado como
ferrovanádio ou como aditivo em aço.
É usado para a produção de
aços inoxidáveis para instrumentos cirúrgicos e ferramentas, em aços resistentes a corrosão e, misturado com alumínio em ligas de titânio, é empregados em motores de reação. Também, em aços,empregados em eixos de rodas. engrenagens e outros componentes críticos.
É um importante estabilizador de
carbetos na fabricação de aços.
Se emprega em alguns componentes de
reatores nucleares.
Forma parte de alguns
imãs supercondutores.
Alguns compostos de vanádio são utilizados como
catalisadores na produção de anidrido maleico e ácido sulfúrico. É muito usado o pentóxido de vanádio, V2O5, empregado em cerâmicas.

História
O vanádio (da deusa da beleza na mitologia Escandinava "
Vanadis" devido a coloração de seus compostos), foi descoberto, em princípio, por um mineralogista espanhol Andrés Manuel del Río, no México, em 1801, num mineral de chumbo. Primeiro denominou de "pancromo" , devido a semelhança de sua cores com as do crômio, depois de "eritrônio" devido a coloração de seus sais (tornavam-se vermelhos quando aquecidos).
Entretanto, o químico
Francês Hippolyte Victor Collet-Descotils questionou a descoberta alegando que o obtido tratava-se realmente do crômio impuro, provocando a retratação de Andrés Manuel del Río.
Em
1830, o sueco Nils Gabriel Sefström descobriu o elemento num óxido que encontrou enquanto trabalhava numa mina de ferro e deu-lhe o nome pelo qual é conhecido atualmente. Mais tarde, em 1831, Friedrich Woehler concluiu que este elemento se tratava do mesmo elemento descoberto em 1801 por Andrés Manuel del Rio.
O vanádio metálico foi obtido em
1867 por Henry Enfield Roscoe, mediante a redução do tricloreto de vanádio, VCl3 , com hidrogênio.

Compostos
Apresenta vários
estados de oxidação, com diferentes colorações. Mediante uma experiência simples é possível apreciar a relação:
Partindo-se de
vanadato de amônio ( NH4VO4 ), e empregando-se zinco metálico, em meio ácido, produzem-se as seguintes reações:
VO43- (incoloro) → [VO(OH2)5]2+ (azul) → [V(OH2)6]3+ (verde) → [V(OH2)6]2+ (violeta)
Pentóxido de vanadio
O pentóxido de vanadio, V2O5, que é obtido como sólido pulverizado de coloração alaranjada, é um
agente oxidante , e é empregado como catalisador , na indústria de corantes como mordente e na produção de anilina negra.
A unidade, VO2+, na qual o vanádio apresenta estado de oxidação +4, com ligação V-O dupla, pode ser encontrado em diversos complexos de vanádio, geralmente com quatro ligantes formando una pirâmide de base quadrada.

Papel biológico
O vanádio é um
elemento essencial em alguns organismos. Em humanos não está demonstrada a sua essencialidade, ainda que existam compostos de vanádio que imitam e potencializam a atividade da insulina.
É encontrado em algumas
enzimas de diferentes seres vivos. Por exemplo, nas "haloperoxidases" (geralmente bromoperoxidases ) de algumas algas, que reduzem peróxidos e halogenam um substrato orgânico.
As
ascídias (alguns organismos marítimos urocordados, do subfilo urochordata) armazenam altas concentrações de vanádio, em torno de um milhão de vezes mais altas que na água ao seu redor, encontrando-se numa molécula denominada "hemovanadina". Nestes organismos o vanádio se armazena em células chamadas de "vanadócitos".
Também acumulam altas concentrações de vanádio o
fungo amanita muscaria. Forma-se um complexo com um ligante ionóforo chamado "amavadina".

Abundância e obtenção
O vanádio não é encontrado nunca no estado nativo, porém está presente em cerca de 65
minerais diferentes, entre os quais se destacam a patronita, VS4, a vanadinita, Pb5(VO4)3Cl, e a carnotita, K2(UO2)2(VO4)2·3H2O. Também é encontrado na bauxita, assim como em depósitos que contém carbono, como por exemplo no carvão, óleos crus de petróleo. É extraido do petróleo empregando porfirinas. É encontrado também em minérios de ferro, rochas vulcânicas e argilas.
A maior parte das reservas mundiais, cerca de 10 milhões de toneladas, encontram-se na
Rússia, China e África do Sul.

Os minérios que contém vanadatos são dissolvidos por uma fusão alcalina. Em meio ácido, após outros processos, é obtido o V2O5 que, reduzido parcialmente com carbono e, em seguida com cálcio em atmosfera de argônio, o que permite obter vanádio metálico.
Quando se parte de um mineral que não contenha vanadatos, porém contém
sulfeto deste elemento, este é oxidado a vanadato e, posteriormente, realizam-se os mesmos procedimentos descritos para a obtenção do vanádio.
O método mais comum de obtenção do vanádio é pela
redução do pentóxido de vanádio, V2O5, e cloreto de cálcio a uma temperatura de 950ºC em bomba de aço, sob pressão.
V2O5 + 5 Ca + 3 CaCl2 ---> 2 V + 5 ( CaO + CaCl2 )
Para a obtenção do vanádio pode-se também utilizar a
aluminotermia, que consiste em aquecer o óxido misturado com alumínio em pó:
3 V2O5 + 10 AL ---> 6 V + 5 Al2O3
Para a obtenção de um vanádio mais puro pode-se empregar também o método
Van Arkel-de Boer, que é a formação de um composto mais volátil para posterior decomposição.

Isótopos
Na natureza se encontra um único
isótopo estável, o vanádio-51. São conhecidos quinze radioisótopos, sendo os mais estáveis o vanádio-50, com uma meia-vida de 1,4 x 1017 anos, o vanádio-49, de 330 dias, e o vanádio-48, de 15,9735 dias. Os demais apresentam vidas médias de menos de uma hora, a maioria com menos de dez segundos. Este elemento apresenta um meta estado.

As massas atômicas dos isótopos de vanádio variam desde 43,981 u, do vanádio-43, até 59,959 u do vanádio-59. O principal modo de decaimento dos isótopos de massas abaixo do isótopo mais estável, vanádio-51, é a captura eletrônica, sendo os principais produtos do decaimento os isótopos do elemento 22 (titânio). Naqueles com massa superior ao vanádio-51, o decaimento é a desintegração beta , originando como principais produtos resultantes do decaimento os isótopos do elemento 24, o crômio.

Precauções
O pó metálico é
pirofórico e os compostos de vanádio deveriam ser considerados como altamente tóxicos. Sua inalação pode causar câncer de pulmão.
A Administração de Segurança e Saúde Ocupacional americana (OSHA) tem estabelecido um limite de exposição para o pó de pentóxido de vanádio de 0,05 mg/m3, e de 0,1 mg/m3 para o gás de pentóxido de vanádio no
ar do local de trabalho para uma jornada de 8 horas, 40 horas semanais. O Instituto Nacional de Saúde e Segurança Ocupacional americano (NIOSH) recomenda que deve considerar-se perigoso para a saúde um nível de 35 mg/m3 de vanádio. Este nível pode causar problemas permanentes de saúde ou morte.

Referências
Mineral resources, economics and the environment, Stephen E. Kesler, Maxwell MacMillan, 1994,
ISBN 0-02-362842-1

Links externos
WebElements.com - Vanadium
EnvironmentalChemistry.com - Vanadium
AMM.com Vanadium Profile
Mineral Information Institute - Vanadium
ATSDR - ToxFAQs: Vanadium

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Editorial - InfoMine Brasil Cavas de areia geram lucro milionário

Cavas de areia geram lucro milionário
São Paulo - 17 de Dezembro de 2007
Donos de portos de areia do Vale do Paraíba chegam a faturar mais de R$ 170 milhões com a exploração de uma única cava. A cifra, apurada a partir do volume de minério extraído de cada cratera, não leva em consideração o valor cobrado pelos areeiros para o transporte do produto. Segundo levantamento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de cada cava é possível retirar até 8,5 milhões de metros cúbicos de areia.Atualmente, cada metro cúbico é vendido, em média, a R$ 20 nas mineradoras da região. A manutenção da atividade requer poucos funcionários. Um porto de areia não costuma empregar mais que 20 trabalhadores, quase sempre homens e com baixo grau de instrução, uma mão-de-obra barata e, acima de tudo, abundante.
Essa alta rentabilidade justifica a franca expansão do setor.
Em apenas duas décadas, o número de cavas abertas em áreas de várzea do rio Paraíba do Sul entre Jacareí e Pindamonhangaba saltou de 49 para 255, um espantoso crescimento de mais de 400%. Todos os meses, a região produz cerca de 750 mil metros cúbicos de areia, o equivalente a um quarto de todo o minério comercializado no Estado ou 5% da produção nacional. A maior parte dessa areia é usada para abastecer o mercado da Grande São Paulo.
Especialistas alertam, porém, que a exploração desordenada das cavas pode ter um alto custo para a sociedade. Nas glebas usadas para a extração de areia, problemas como erosões, desmatamento e contaminação da água são cada vez mais visíveis (leia texto nesta página).
Panorama
A produção de areia no Vale do Paraíba já foi maior, sobretudo entre as décadas de 1980 e 1990, quando ainda era permitida a extração no leito do rio Paraíba. Nessa época, a região chegava a vender mais de um milhão de metros cúbicos do minério por mês. "O nível de base do rio afundou cinco metros nesse período", afirma o pesquisador Romeu Simi, que há pelo menos dez anos estuda a evolução das áreas degradadas.
"Com as mudanças na legislação, as mineradoras passaram a explorar apenas as cavas", completou. Juntas, as crateras abertas pelos areeiros já ocupam 17,3 milhões de metros quadrados no Vale. Tremembé concentra o maior número de pontos de extração (91) e a mais extensa área ocupada (5,4 milhões de metros quadrados).
O período médio de exploração de cada cava é de 10 anos. Depois disso, o que sobra no local é uma imensa lagoa "estéril", em alguns casos, com 30 metros de profundidade e um quilômetro de extensão com potencialidade de uso extremamente reduzida.
"Depois de exploradas, essas cavas são abandonadas pelos mineradores, que não fazem nenhuma medida de remediação no local. Os poucos que fazem, só fazem por força de determinação judicial", disse Simi, que trabalhou no Inpe.
Passivo
Recente relatório da Secretaria Estadual de Meio Ambiente sobre a mineração no Vale atesta o discurso do pesquisador. O documento aponta que os poucos projetos de recuperação implantados nas áreas degradadas têm apresentado resultados bastante limitados.
Na maior parte dos casos, a qualidade dos plantios florestais destinados à recuperação vegetal das glebas degradadas é prejudicada pela "ausência de manutenção pós-plantio", em outras palavras, pelo abandono dos locais que, por lei, deveriam ser recuperados pelos mineradores

domingo, 16 de dezembro de 2007

O governo federal gastou neste ano R$ 2 milhões com a Operação Roosevelt,

OPERAÇÃO ROOSEVELT
Operação Roosevelt terá acréscimo
ROLDÃO ARRUDA E EVELSON DE FREITAS Da Agência Estado, Cacoal, RO
O governo federal gastou neste ano R$ 2 milhões com a Operação Roosevelt, cujo objetivo é reprimir o garimpo e o comércio de diamantes na terra dos índios cintas-largas, entre os municípios de Espigão d'Oeste, Vilhena e Pimenta Bueno, no Estado de Rondônia. Em 2008, os gastos com essa atividade terão um acréscimo de 150%, chegando aos R$ 5 milhões - o equivalente a quase tudo que foi despendido desde 2004, quando a operação começou, logo após a tragédia do assassinato de 29 garimpeiros pelos índios. Apesar desses gastos no entanto, o garimpo continua em ritmo acelerado na Terra Indígena Roosevelt.
O garimpo está concentrado no leito de um pequeno afluente do Rio Roosevelt, o Igarapé Lage, numa área de aproximadamente 200 hectares. Na sexta-feira, num sobrevôo sobre essa área, o Grupo Estado constatou a presença de aproximadamente 40 barracas de garimpeiros. Na média, de acordo com informações de pessoas que conhecem a atividade e já estiveram na área, cada uma delas mobiliza dez pessoas - do cozinheiro ao operador dos grandes tratores de esteira, mais conhecidos como PCs, usados para a escavação do terreno.
Seriam, portanto, quase 400 pessoas destinadas a cavoucar a terra em busca dos diamantes, cada vez mais difíceis de ser encontrados. Há sete anos, quando foi dada a largada no garimpo da região, eles praticamente afloravam na superfície do solo de aluvião.Brancos e índios trabalham lado a lado. A maior preocupação dos índios agora é dominar o processo de mineração e livrar-se dos brancos. Até crianças são mobilizadas. Circulam entre fileiras de galões de combustível usado nos tratores, nas camionetas Toyota que entram e saem do lugar, nos sistemas de iluminação e nas incansáveis máquinas de dragagem da lama, que depois é cuidadosamente peneirada, em busca da pedra preciosa. Foram avistados três PCs.
Um deles, de aparência mais nova, teria entrado em operação em maio deste ano, segundo informações de um ex-funcionário do posto da Fundação Nacional do Índio (Funai) existente na área. As perguntas inevitáveis são: como essa máquina gigantesca, com valor aproximado de R$ 500 mil, entrou na terra indígena após a montagem do sistema de barreiras da Polícia Federal? Como os galões de combustível continuam chegando até lá? Por onde saem os diamantes? A parte mais ostensiva da Operação Roosevelt é um conjunto de oito barreiras - sete fixas e uma móvel - montadas ao redor da Terra Indígena Roosevelt, uma área de 23 mil km2, o equivalente ao Estado de Sergipe, que abriga quatro reservas dos índios cintas-largas. Além dos agentes federais, elas mobilizam efetivos da Polícia Militar de Rondônia e da Polícia Rodoviária Federal.
Também contam com o suporte do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República, do Ministério da Defesa, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Funai. Tudo isso junto leva o pomposo nome de Grupo Operacional Roosevelt, oficialmente instituído em 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. SEQÜESTRO - Há nove dias, os cintas-largas seqüestraram cinco pessoas, entre elas um oficial do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidades (ONU), que visitavam sua principal aldeia, e exigiram que o presidente da Funai, Márcio Meira, fosse até lá para ouvi-los reclamar de falta de assistência médica, da precariedade do ensino escolar nas aldeias e, sobretudo, da ação do grupo operacional.
Disseram a Meira que, além de não impedir a entrada de garimpeiros em suas terras, os agentes da Polícia Federal impõem constrangimentos cada vez maiores à população indígena, agindo com truculência, exagerando na revistas das pessoas que passam pelas barreiras. Sem poder sobre os federais, Meira ligou para Brasília e conseguiu marcar uma audiência dos índios com o ministro da Justiça, Tarso Genro. O encontro, marcado para esta semana, provocou certo amuamento entre federais acantonados ao redor da reserva. Em conversa informal, um deles disse ao Estado que são os índios que facilitam a entrada de garimpeiros e equipamentos, por trilhas e estradas clandestinas da reserva; e que seu objetivo final é o fim das barreiras, para que possam agir sem entraves na atividade ilegal de garimpar e vender diamantes de terra indígena. Outro disse que é praticamente impossível tomar conta de uma área tão vasta. Durante três dias seguidos a reportagem tentou ouvir os representantes dos cintas-largas. Um deles, avistado por acaso, ao lado de sua namorada, num restaurante de classe média em Cacoal, chegou a agendar uma entrevista para o dia seguinte, mas não apareceu, nem deu explicações. A alegação comum deles é de que a imprensa costuma distorcer o que dizem, além de ser preconceituosa. Segundo Marcos Apurinã, vice-diretor da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), entidade que ajudou nas negociações para a soltura do oficial da ONU e dos outros reféns, o sonho dos cintas-largas é obter autorização e treinamento para explorar diretamente os recursos minerais de sua terra. Dizer que foram enganados quando fizeram acordo para a venda da madeira de lei de sua reserva, hoje praticamente extinta, e que já sofreram muito com os garimpeiros brancos. Apesar de pertencer ao grupo apurinã, como diz seu nome, Marcos vive com sua família, ou clã, na Terra Indígena Roosevelt - em decorrência de um casamento de uma apurinã com um jovem cinta-larga. Por causa disso acompanha todo o debate em torno da mineração.
Ele contou que os cintas-largas já foram ao Canadá, para conhecer a experiência do povo cree, que também vive num território rico em recursos minerais, incluindo petróleo. "São índios empresários, que fazem contratos com empresas para a extração dos recursos minerais, amparados pelas leis canadenses. É isso que buscamos por aqui."
Comissão discute mineração em terras indígenasA Comissão Especial de Exploração de Recursos de Terras Indígenas realiza audiência pública nesta quarta-feira (12), às 14 horas, para discutir propostas relacionadas ao tema. A comissão foi criada para analisar o Projeto de Lei 1610/96, do Senado, que permite a lavra de recursos minerais em terras indígenas por meio de autorização do Congresso Nacional e com pagamento de royalties para os índios e para a Fundação Nacional do Índio (Funai). O governo deverá enviar outro projeto à Câmara, que prevê licitação para a exploração das minas, com consulta prévia a órgãos ambientais e indigenistas. Foram convidados para a audiência representantes das seguintes entidades: Conselho Indigenista Missionário (Cimi); Conselho Indígena de Roraima (CIR); Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab); Instituto Sócioambiental (ISA); Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme); Conselho das Aldeias Wajãpi (Apina); Associação dos Povos Indígenas do Oiapoque (Apio); e Associação dos Povos Indígenas do Tumucumaque (Pitu).A audiência foi solicitada pelo relator da comissão, deputado Eduardo Valverde (PT-RO), e pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). Segundo a deputada, a definição de regras adequadas sobre o tema pode evitar conflitos e garantir o desenvolvimento sustentável das comunidades indígenas. Ela afirma que os representantes das entidades convidadas poderão contribuir para a formulação de uma proposta equilibrada sobre o assunto.Íntegra da proposta:
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terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Divisão de Geração de Imagens (DGI/INPE) CBERS

Prezado Usuário* CBERS,
Temos a grata satisfação de informar-lhe que as imagens geradas pelo satélite CBERS-2B, lançado em 19 de Setembro p.p. estão disponíveis a partir da Divisão de Geração de Imagens (DGI/INPE), no local tradicional:
http://www.dgi.inpe.br/CDSR/.

O satélite CBERS-2B é muito semelhante ao CBERS-2, mas teve algumas modificações que vale a pena mencionar. Substituiu-se o escaner IRMSS por uma Câmera Pancromática de Alta Resolução (HRC). Portanto, contará com três câmeras imageadoras: as tradicionais CCD e WFI, e a nova HRC. Esta câmera HRC fornecerá imagens com 2,7 m de resolução espacial, numa faixa de 27 km de largura. O modo operacional do CBERS-2B fará com que o ciclo de revisita desta câmera seja de 130 dias. Suas imagens, embora estejam sendo recebidas em Cuiabá desde o lançamento, ainda não estão à disposição dos usuários. Estamos trabalhando para que em cerca de um a dois meses elas passem a ser distribuídas rotineiramente. Adicionalmente, foram incorporadas outras melhorias relacionadas ao controle de posicionamento do satélite e também ao sistema de gravação a bordo. Mais informações estão em
http://www.cbers.inpe.br.

Salientamos que a participação dos usuários é fundamental para a continuidade e melhoria do Programa CBERS. Solicitamos que em seus relatórios, apresentações, publicações, etc., seja sempre mencionada a importância do CBERS para os resultados obtidos. Finalmente, solicitamos que nos sejam relatados os problemas que encontrar nas imagens, a fim de analisarmos e procedermos às melhorias necessárias e possíveis.

Na firme crença da importância do Programa CBERS para a observação da Terra, e contando sempre com sua contribuição na avaliação, análise e divulgação do Programa CBERS, apresentamos-lhe nossas cordiais saudações.

Atenciosamente,

José Carlos N. Epiphanio
Coordenador do Programa de Aplicações CBERS
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Shear (geology) Zone - Mechanisms of shearing


Shear (geology)
Figure 1.

Boudinaged Quartz vein(with strain fringe) showing sinistral shear sense. Starlight Pit, Fortnum Gold Mine, Western Australia.
Study of geological shear is related to the study of structural geology, rock microstructure or rock texture and fault mechanics.
Shear is the response of a rock to deformation usually by compressive stress and forms particular textures. Shear can be homogeneous or non-homogeneous, and may be pure shear or simple shear.
The process of shearing generally occurs within brittle-ductile and
ductile rocks. Within purely brittle rocks, compressive stress results in fracturing and simple faulting.
1 Rocks
2 Shear zone
3 Mechanisms of shearing
4 Microstructures of shear zones
5 Ductile shear microstructures
6 Transpression
7 Transtension
8 See also
9 References

Rocks typical of shear zones include mylonite, cataclasite, S-tectonite and L-tectonite, pseudotachylite, certain breccias and highly foliated versions of the wall rocks.
Asymmetric shear in basalt, Labouchere mine, Glengarry Basin, WA. Shear asymmetry is dextral, pen for scale.
A shear zone or shear is a wide zone of distributed shearing in rock. Typically this is a type of
fault but it may be difficult to place a distinct fault plane into the shear zone. Shear zones may form zones of much more intense foliation, deformation, and folding.
Many shear zones host
ore deposits as they are a focus for hydrothermal flow through orogenic belts. They may often show some form of retrograde metamorphism from a peak metamorphic assemblage and are commonly metasomatised.
Shear zones can be only inches wide, or up to several kilometres wide. Often, due to their structural control and presence at the edges of tectonic blocks, shear zones are mappable units and form important discontinuities to separate terranes. As such, many large and long shear zones are named, similar to fault systems.

Mechanisms of shearing
The mechanisms of shearing depend on the pressure and temperature of the rock and on the rate of shear which the rock is subjected to. The response of the rock to these conditions determines how it accommodates the deformation.

Shear zones which occur in more brittle rheological conditions (cooler, less confining pressure) or at high rates of strain, tend to fail by brittle failure; breaking of minerals, which are ground up into a breccia with a milled texture.
Shear zones which occur under brittle-ductile conditions can accommodate much deformation by enacting a series of mechanisms which rely less on fracture of the rock and occur within the minerals and the mineral lattices themselves. Shear zones accommodate compressive stress by movement on foliation planes.
Shearing at ductile conditions may occur by , and dislocation creep within minerals, by fracturing of minerals and growth of sub-grain boundaries, as well as by lattice glide, particularly on platy minerals, especially micas.
Mylonites are essentially ductile shear zones.
Microstructures of shear zones

Typical example of dextral shear foliation in an L-S tectonite, with pencil pointing in direction of shear sense. Note the sinusoidal nature of the shear foliation.
During the initiation of shearing, a penetrative planar foliation is first formed within the rock mass. This manifests as realignment of textural features, growth and realignment of micas and growth of new minerals.
The incipient shear foliation typically forms normal to the direction of principal shortening, and is diagnostic of the direction of shortening. In symmetric shortening, objects flatten on this shear foliation much the same way that a round ball of treacle flattens with gravity.
Within assymmetric shear zones, the behavior of an object undergoing shortening is analogous to the ball of treacle being smeared as it flattens, generally into an ellipse. Within shear zones with pronounced displacements a shear foliation may form at a shallow angle to the gross plane of the shear zone. This foliation ideally manifests as a sinusoidal set of foliations formed at a shallow angle to the main shear foliation, and which curve into the main shear foliation. Such rocks are known as L-S tectonites.
If the rock mass begins to undergo large degrees of lateral movement, the strain ellipse lengthens into a cigar shaped volume. At this point shear foliaions begin to break down into a rodding lineation or a stretch lineation. Such rocks are known as L-tectonites.

Stretched pebble conglomerate L-tectonite illustrating a stretch lineation within a shear zone, Glengarry Basin, Australia. Pronounced assymmetric shearing has stretched the conglomerate pebbles into elongate cigar shaped rods.
Ductile shear microstructures
Very distinctive textures form as a consequence of ductile shear. An important group of microstructures observed in ductile shear zones are S-planes, C-planes and C' planes.
S-planes or schistosité planes are generally defined by a planar fabric caused by the alignment of
micas or platy minerals. Define the flattened long-axis of the strain ellipse.
C-planes or cisaillement planes form parallel to the shear zone boundary. The angle between the C and S planes is always acute, and defines the shear sense. Generally, the lower the C-S angle the greater the strain.
The C' planes, also known as shear bands and secondary shear fabrics, are commonly observed in strongly foliated mylonites especially
phyllonites, and form at an angle of about 20 degrees to the S-plane.
The sense of shear shown by both S-C and S-C' structures matches that of the shear zone in which they are found.
Other microstructures which can give sense of shear include:
sigmoidal
veins
mica fish
rotated
porphyroclasts
asymmetric
boudins (Figure 1)
asymmetric
folds
Transpression
Transpression regimes are formed during oblique collision of tectonic plates and during non-orthogonal
subduction. Typically a mixture of oblique-slip thrust faults and strike-slip or transform faults are formed. Microstructural evidence of transpressional regimes can be rodding lineations, mylonites, augen-structured gneisses, mica fish and so on.
A typical example of a transpression regime is the Alpine Fault zone of
New Zealand, where the oblique subduction of the Pacific Plate under the Indo-Australian Plate is converted to oblique strike-slip movement. Here, the orogenic belt attains a trapezoidal shape dominated by oblique splay faults, steeply-dipping recumbent nappes and fault-bend folds.
The Alpine Schist of New Zealand is characterised by heavily
crenulated and sheared phyllite. It s being pushed up at the rate of 8 to 10 mm per year, and the area is prone to large earthquakes with a south block up and west oblique sense of movement.
Transtension
Transtension regimes are oblique tensional environments. Oblique, normal
geologic fault and detachment faults in rift zones are the typical structural manifestations of transtension conditions. Microstructural evidence of transtension includes rodding or stretching lineations, stretched porphyroblasts, mylonites, etc.

See also
Convergent boundary
Crenulation
Fault (geology)
Foliation (geology)
Rock microstructure
Sense of shear indicators:
dextral and sinistral

Ductile Shear Zones, Textures and Transposition
Imagine a cold and wet day in northern Scotland, which may not be a far stretch of the imagination if you've ever visited the area. As you are mapping a part of the Scottish Highlands you are struck by the presence of highly deformed rocks that overlie relatively undeformed, flat-lying, fossiliferous sediments. This relationship is even more odd because the overlying unit has experienced much higher grade metamorphism than the underlying sediments, and it contains no fossils. When you arrive at the contact between these two characteristic rock suites, you notice that they are separated by a distinctive layer of particularly fine-grained rock. The regional relationships of these two suites and their superposition already suggest that the contact is a low-angle reverse (i.e., thrust) fault. So, what is the distinctive fine-grained rock at the contact? In your mind you envision the incredible forces associated with the emplacement of one unit over the other and you surmise that the rock at the contact was crushed and milled, like what happens when you rub two bricks against each other. Using your classes in ancient Greek you decide coin the name mylonite for this fine-grained rock unit, because 'mylos' is Greek for milling. Something like this happened over a hundred years ago in Scotland where the late Precambrian Moine Series ('crystalline basement') overlie a Cambro-Ordovician quartzite and limestone ('platform') sequence along a Middle Paleozoic low-angle reverse fault zone, called the Moine Thrust. This area was mapped by Sir Charles Lapworth of the British Geological Survey in the late 19th century. Anecdote has it that Lapworth became convinced that the Moine Thrust was an active fault and that it would ultimately destroy his nearby cottage and maybe take his life; his life ended in great emotional distress. In many areas you will find similar zones in which the deformation is markedly concentrated. The deformation in these zones is manifested by a variety of structures, which may include isoclinal folds, disrupted layering, well-developed foliations and lineations, and other deformation features. These zones, called ductile shear zones, may contain some of the most important information about the deformation history of an area, so let us begin this chapter with their definition. A ductile shear zone is a tabular band of definable width in which there is considerably higher strain than in the surrounding rock. The total strain within a shear zone typically has a large component of simple shear, and as a consequence, rocks on one side of the zone are displaced relative to those on the other side. In its most ideal form, a shear zone is bounded by two parallel boundaries outside of which there is no strain. In real examples, however, shear zone boundaries are typically gradational. The adjective ductile is used because the strain accumulated by ductile processes that may range from cataclastic flow to crystal-plastic processes and diffusional flow (
Chapter 9).
So, a shear zone is like a fault in the sense that it accumulates relativedisplacement of rock bodies, but unlike a fault, displacement in a ductile shear zone occurs by ductile deformation mechanisms and no throughgoing fracture is formed. The absence of a single fracture is largely a consequence of movement under relatively high temperature conditions or low strain rates. Consider a major discontinuity that cuts through the crust and breaches the surface. In the first few km, brittle processes will occur along the discontinuity, which result in earthquakes if the frictional resistance on discreet fracture planes is overcome abruptly. Displacement may also occur by the movement on many small fractures, a ductile process called cataclastic flow (Chapter 9).
In either case, frictional processes dominate the deformation at the higher crustal levels of the discontinuity and this crustal segment is therefore called the frictional regime. With depth, crystal plastic and diffusional processes, such as recrystallization and superplastic creep, become increasing important mainly because temperature increases. Where these mechanisms are dominant, typically below 10-15 km depth for normal geothermal gradients (20-30 degrees C/km) in quartz-dominated rocks, we say that displacement on the discontinuity occurs in the plastic regime. Not surprisingly, the transitional zone between a dominantly frictional and dominantly plastic regime is called the frictional-plastic transition, but more commonly we call this the brittle-plastic transition . Note that technically it is not correct to call this the brittle-ductile transition, because ductile processes (such as cataclasis) may occur in the frictional regime. So, a crustal discontinuity that is a brittle fault at the surface, is a ductile shear zone with depth. Associated with this contrast in deformation processes, we predict that the discontinuity changes from a relatively narrow fault zone to a broader ductile shear zone with increasing depth because the host rock weakens (i.e., a reduction in differential stress).
Mylonites are dominated by the activity of crystal-plastic processes, which produces yet another characteristic element of deformed rocks: crystallographic-preferred fabrics or textures. The topic of textures will both be introduced and applied in this chapter, although some of the theory logically follows the material presented in
Chapter 9.
Secondly, rocks within ductile shear zones typically are intensely folded and the original layering is transposed into a tectonic foliation. Transposition will close the chapter, but we emphasize that it is common but not unique to ductile shear zones. In our chapter you will see that shear zones may have more than one foliation, a strong lineaton and that shear zone rocks commonly contain rotated fabric elements, grain-shape fabrics, and in particular a grain size that is less than that of the host rock. Arguably, ductile shear zones are the most varied structural feature, and perhaps the most informative.