27 de septiembre de 2010, 11:22Santiago do Chile, 27 set (Prensa Latina)
A perfuradora T-130, do denominado Plano B de resgate, avança sem contratempos na mina San José do Chile, rumo ao refúgio onde sobrevivem 33 trabalhadores desde o passado 5 de agosto.
Depois de estar paralisada por mais de 15 horas por um novo rompimento, a máquina aproximou-se ontem à noite aos 200 metros de profundidade, de um total de 700 que deverá percorrer como parte da ampliação do túnel por onde devem sair os mineiros.
O engenheiro René Aguilar, coordenador das tarefas de perfuração, assegurou que a T-130 está funcionando perfeitamente, ainda que seus martelos tendem a avariar devido à complexidade da tarefa e às características da mina.
No sábado ocorreu a chegada à mina San José da primeira das três cápsulas que serão utilizadas para retirar os mineiros presos, as quais levarão um tubo de oxigênio e outros complementos com o fim de garantir a máxima segurança na operação de resgate.
"Isto vai terminar quando termine", disse nesse mesmo dia o ministro de Mineração, Laurence Golborne, a respeito de especulações sobre a data do resgate definitivo, estimada até o momento para os primeiros dias de novembro.
Modificado el ( lunes, 27 de septiembre de 2010 )
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Chile: mineiros farão exercícios de piloto de caça para resgate
Os 33 mineiros presos em uma mina no norte do Chile desde 5 de agosto farão exercícios físicos para suportar seu resgate por um duto de 700 m, como fazem os "pilotos de combate", explicou uma fonte médica esta sexta-feira. Jean Romagnoli, especialista em medicina esportiva, deu detalhes do treinamento que já é oferecido aos mineiros presos na mina San José, por escrito e através de vídeo, a fim de prepará-los para a retirada da mina, prevista para o início de novembro.
Todos serão içados em uma cápsula metálica, um a um, por meio de um complexo sistema de polias e guindastes, durante um período que poderá se estender até 90 minutos. "O treinamento (que lhes será oferecido) é o 'L1-Modificado', que é um treinamento que usam os pilotos de combate, basicamente para cooperar e ajudar o sangue a subir das extremidades inferiores para cima, para evitar desmaios por permanência em uma posição rígida", explicou.
O exercício L1-Modificado "se refere a exercícios musculares, como a contração sincronizada das panturrilhas, das coxas e do abdôme", explicou. Isto se deve a que os mineiros ficarão de pé quando embarcarem no interior da cápsula, construída no estaleiro da Marinha chilena (Asmar).
O especialista também informou que os mineiros já treinam há duas semanas outros dois tipos de exercícios: um sequencial, concentrado em caminhadas, e outro de resistência anaeróbica para que os músculos estejam melhor preparados para suportar a subida. Eles também treinaram resistência pulmonar, com movimentos para evitar danos ao tórax, pois os mineiros, além de estarem parados, deverão ficar com os braços cruzados para baixo para poderem caber na cápsula durante o resgate.
Os 33 mineiros têm espaço amplo para realizar os exercícios, afirmou o médico.
Todos serão içados em uma cápsula metálica, um a um, por meio de um complexo sistema de polias e guindastes, durante um período que poderá se estender até 90 minutos. "O treinamento (que lhes será oferecido) é o 'L1-Modificado', que é um treinamento que usam os pilotos de combate, basicamente para cooperar e ajudar o sangue a subir das extremidades inferiores para cima, para evitar desmaios por permanência em uma posição rígida", explicou.
O exercício L1-Modificado "se refere a exercícios musculares, como a contração sincronizada das panturrilhas, das coxas e do abdôme", explicou. Isto se deve a que os mineiros ficarão de pé quando embarcarem no interior da cápsula, construída no estaleiro da Marinha chilena (Asmar).
O especialista também informou que os mineiros já treinam há duas semanas outros dois tipos de exercícios: um sequencial, concentrado em caminhadas, e outro de resistência anaeróbica para que os músculos estejam melhor preparados para suportar a subida. Eles também treinaram resistência pulmonar, com movimentos para evitar danos ao tórax, pois os mineiros, além de estarem parados, deverão ficar com os braços cruzados para baixo para poderem caber na cápsula durante o resgate.
Os 33 mineiros têm espaço amplo para realizar os exercícios, afirmou o médico.
This is to remind you of the upcoming Toronto Resource Investment Conference - September 25-26, 2010
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Toll-free: 1-877-363-3356 (US & Canada)
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domingo, 19 de setembro de 2010
Mineiros chilenos sobreviverão a peixe e água; entenda o caso
Os 33 mineiros presos há 19 dias em uma mina de cobre e ouro no Chile devem sobreviver com uma dieta de peixe, leite e pêssegos, que eles receberão a cada dois dias, informa na edição desta terça-feira o jornal local El Mercurio.
Os trabalhadores estão presos desde o dia 5 de agosto, dentro da mina San José, na cidade de Capiapó, quando um desabamento a 300 metros de profundidade bloqueou a saída do local. Ainda não se sabe, ao certo, o que provocou o acidente, que está sendo investigado pelas autoridades do país.
Os mineiros foram encontrados com vida em um dos refúgios subterrâneos - construções dentro de minas feitas, exatamente, para emergências. Foi confirmado que estavam vivos quando, no domingo (22), uma sonda perfurou a rocha até o refúgio a quase 700 metros de profundidade do solo. Eles conseguiram sobreviver, aparentando boa sáude, graças à comida armazenada para emergências no refúgio. Agora, deverão esperar até quatro meses,segundo especialistas, para que sejam retirados com segurança do local.
Nesta terça-feira (24), uma terceira sonda se aproxima do espaço subterrâneo onde 33 trabalhadores permanecem soterrados. O engenheiro Andrés Sougarret da Codelco, estatal chilena de exploração de recursos minerais, que comandou as perfurações efetuadas para encontrar os trabalhadores, disse que a sonda já alcançou 530 metros de profundidade. Ela deverá melhorar a ventilação do local.
A primeira sonda, que permitiu constatar que os trabalhadores soterrados estavam vivos, chegou ao refúgio subterrâneo no domingo (22). De acordo com Sougarret, a segunda sonda chegou ao reduto na segunda-feira (23) à noite, a uma profundidade de 678 metros. "Agora vamos poder dividir as funções. A primeira sonda será destinada à entrega de alimentos de forma rápida. A segunda será para nos comunicar permanentemente", explicou o especialista.
Como será o resgate
O resgate pode demorar entre três e quatro meses, pois é necessária a perfuração de um túnel de cerca de 700 metros para retirar os mineiros. Uma escavadeira de 30 toneladas perfurará a rocha a uma velocidade de 20 metros por dia, para escavar um túnel vertical de 66 centímetros de diâmetro e, pelo qual, os operários serão retirados.
No momento, os engenheiros estão concluindo um levantamento topográfico para poder abrir o novo acesso e irão coordenar as ações com o grupo soterrado quando as máquinas iniciarem o trabalho. O tempo para se chegar ao grupo ainda não foi comunicado aos mineiros, que receberão tarefas diárias e serão monitorados por médicos e psicólogos.
Saúde mental e física
Segundo Jaime Mañalich, ministro da Saúde chileno, foi solicitada ajuda da Nasa (agência espacial dos EUA) para alimentar os mineiros presos, com pequenas doses de alimentos condensados, mas ricos em proteínas. O jornal El Mercurio, do Chile, assinala que a Nasa já está planejando a assessoria ao governo chileno.
O grupo de mineiros sobreviveu até agora com duas colheres de atum e meio copo de leite a cada 48 horas. Equipes médicas entraram em contato com o grupo por um sistema de comunicação enviado por meio do duto aberto até o ponto sob a terra, com o qual se estabeleceu a primeira comunicação no domingo (22), e foi possível constatar "o perfeito estado de saúde de todos", segundo a médica Paula Newman.
Os médicos se encarregarão da recuperação física e os psicólogos darão apoio emocional para que osoterrados aguentem em melhores condições. Paula informou que o grupo já recebeu uma solução com glicose a 5% e comprimidos de omeprazol, um medicamento para o estômago visando evitar possíveis úlceras devido à falta de alimentação. Além disso, os profissionais enviarão um questionário para conhecer o estado físico e psicológico com perguntas como "quem está organizando o grupo?", "quando foi a última vez que você comeu?" ou "está ferido, machucado ou doente?".
Comunicação com a família
O buraco fino feito por uma sonda para chegar ao refúgio de emergência onde estão reunidos os mineiros possibilitou a comunicação deles com a superfície. A nota, segunda-feira (23), com letras grandes, escritas em vermelho dizia: "Estamos bem no refúgio, os 33".
"A sobrevivência de mineiros após 17 dias é muito rara, mas, dado que eles conseguiram até agora, devem sair fisicamente bem", previu Davitt McAteer, ex-secretário-assistente de sanidade e segurança para as minas no Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, durante o governo do presidente Bill Clinton. "Os riscos à saúde em uma mina de cobre e ouro são muito pequenos se eles têm ar, alimento e água", completou.
Na superfície da mina, houve uma festa para os familiares das vítimas, com música, comida e velas, além de bandeiras do país. As famílias foram convidadas a escrever recados levados pela sonda aos prisioneiros para ajudá-los a passar os longos meses de duração das operações de resgate. Psicólogos, que se dedicam há dias às famílias angustiadas, os aconselharam a escrever mensagens positivas para ajudar os mineiros a resistirem.
"Estamos contando o que está acontecendo em nível nacional, pedimos que ele mantenha a calma, que tenha fé e quem sabe ele não perde um pouco da barriga e jogue melhor o futebol! E dissemos também que adoraríamos lhe enviar um pão com abacate que ele ama tanto", contou Caroline Lobos que fez sua primeira mensagem ao pai Franklin Lobos, ex-jogador de futebol profissional dos anos 1980, que operava máquinas subterrâneas na mina.
"Contei que apareci na imprensa internacional, que recebi ligações do mundo inteiro, que virei uma celebridade esta semana. Disse que está tudo bem, que estamos esperando por ele, todos felizes", disse Antenor Berrios, que tem o filho Carlos, 29 anos, preso sob a terra.
Com EFE, Agência Estado e AFP.
Os trabalhadores estão presos desde o dia 5 de agosto, dentro da mina San José, na cidade de Capiapó, quando um desabamento a 300 metros de profundidade bloqueou a saída do local. Ainda não se sabe, ao certo, o que provocou o acidente, que está sendo investigado pelas autoridades do país.
Os mineiros foram encontrados com vida em um dos refúgios subterrâneos - construções dentro de minas feitas, exatamente, para emergências. Foi confirmado que estavam vivos quando, no domingo (22), uma sonda perfurou a rocha até o refúgio a quase 700 metros de profundidade do solo. Eles conseguiram sobreviver, aparentando boa sáude, graças à comida armazenada para emergências no refúgio. Agora, deverão esperar até quatro meses,segundo especialistas, para que sejam retirados com segurança do local.
Nesta terça-feira (24), uma terceira sonda se aproxima do espaço subterrâneo onde 33 trabalhadores permanecem soterrados. O engenheiro Andrés Sougarret da Codelco, estatal chilena de exploração de recursos minerais, que comandou as perfurações efetuadas para encontrar os trabalhadores, disse que a sonda já alcançou 530 metros de profundidade. Ela deverá melhorar a ventilação do local.
A primeira sonda, que permitiu constatar que os trabalhadores soterrados estavam vivos, chegou ao refúgio subterrâneo no domingo (22). De acordo com Sougarret, a segunda sonda chegou ao reduto na segunda-feira (23) à noite, a uma profundidade de 678 metros. "Agora vamos poder dividir as funções. A primeira sonda será destinada à entrega de alimentos de forma rápida. A segunda será para nos comunicar permanentemente", explicou o especialista.
Como será o resgate
O resgate pode demorar entre três e quatro meses, pois é necessária a perfuração de um túnel de cerca de 700 metros para retirar os mineiros. Uma escavadeira de 30 toneladas perfurará a rocha a uma velocidade de 20 metros por dia, para escavar um túnel vertical de 66 centímetros de diâmetro e, pelo qual, os operários serão retirados.
No momento, os engenheiros estão concluindo um levantamento topográfico para poder abrir o novo acesso e irão coordenar as ações com o grupo soterrado quando as máquinas iniciarem o trabalho. O tempo para se chegar ao grupo ainda não foi comunicado aos mineiros, que receberão tarefas diárias e serão monitorados por médicos e psicólogos.
Saúde mental e física
Segundo Jaime Mañalich, ministro da Saúde chileno, foi solicitada ajuda da Nasa (agência espacial dos EUA) para alimentar os mineiros presos, com pequenas doses de alimentos condensados, mas ricos em proteínas. O jornal El Mercurio, do Chile, assinala que a Nasa já está planejando a assessoria ao governo chileno.
O grupo de mineiros sobreviveu até agora com duas colheres de atum e meio copo de leite a cada 48 horas. Equipes médicas entraram em contato com o grupo por um sistema de comunicação enviado por meio do duto aberto até o ponto sob a terra, com o qual se estabeleceu a primeira comunicação no domingo (22), e foi possível constatar "o perfeito estado de saúde de todos", segundo a médica Paula Newman.
Os médicos se encarregarão da recuperação física e os psicólogos darão apoio emocional para que osoterrados aguentem em melhores condições. Paula informou que o grupo já recebeu uma solução com glicose a 5% e comprimidos de omeprazol, um medicamento para o estômago visando evitar possíveis úlceras devido à falta de alimentação. Além disso, os profissionais enviarão um questionário para conhecer o estado físico e psicológico com perguntas como "quem está organizando o grupo?", "quando foi a última vez que você comeu?" ou "está ferido, machucado ou doente?".
Comunicação com a família
O buraco fino feito por uma sonda para chegar ao refúgio de emergência onde estão reunidos os mineiros possibilitou a comunicação deles com a superfície. A nota, segunda-feira (23), com letras grandes, escritas em vermelho dizia: "Estamos bem no refúgio, os 33".
"A sobrevivência de mineiros após 17 dias é muito rara, mas, dado que eles conseguiram até agora, devem sair fisicamente bem", previu Davitt McAteer, ex-secretário-assistente de sanidade e segurança para as minas no Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, durante o governo do presidente Bill Clinton. "Os riscos à saúde em uma mina de cobre e ouro são muito pequenos se eles têm ar, alimento e água", completou.
Na superfície da mina, houve uma festa para os familiares das vítimas, com música, comida e velas, além de bandeiras do país. As famílias foram convidadas a escrever recados levados pela sonda aos prisioneiros para ajudá-los a passar os longos meses de duração das operações de resgate. Psicólogos, que se dedicam há dias às famílias angustiadas, os aconselharam a escrever mensagens positivas para ajudar os mineiros a resistirem.
"Estamos contando o que está acontecendo em nível nacional, pedimos que ele mantenha a calma, que tenha fé e quem sabe ele não perde um pouco da barriga e jogue melhor o futebol! E dissemos também que adoraríamos lhe enviar um pão com abacate que ele ama tanto", contou Caroline Lobos que fez sua primeira mensagem ao pai Franklin Lobos, ex-jogador de futebol profissional dos anos 1980, que operava máquinas subterrâneas na mina.
"Contei que apareci na imprensa internacional, que recebi ligações do mundo inteiro, que virei uma celebridade esta semana. Disse que está tudo bem, que estamos esperando por ele, todos felizes", disse Antenor Berrios, que tem o filho Carlos, 29 anos, preso sob a terra.
Com EFE, Agência Estado e AFP.
domingo, 12 de setembro de 2010
O PRÉ SAL DEVE TER RECURSOS CHINESES E COREANOS
Pré-sal deve ter recursos chineses e coreanos
No ano passado, as empresas estatais chinesas lideraram os investimentos em petróleo fora do próprio país, com um total de US$ 16 bilhões.
Uma radiografia do perfil das empresas e de seus negócios estratégicos mostra que as estatais de petróleo da China e da Coreia do Sul deverão liderar os investimentos estrangeiros na exploração do pré-sal brasileiro.
As empresas estatais e as grandes companhias da Europa, como a britânica BP e anglo-holandesa Shell, são as que detêm capital suficiente para as demandas do pré-sal. No entanto, as companhias europeias estão hoje mais interessadas em explorar fontes não convencionais, como gás betuminoso ou areias de petróleo. Ou atravessam um momento turbulento - como é o caso da BP, ainda às voltas com as consequências do megavazamento de petróleo no Golfo do México.
Já as empresas estatais de petróleo investem prioritariamente em adquirir reservas que lhes garantam o abastecimento futuro. E esse é exatamente o perfil de empreendimento a ser oferecido no pré-sal brasileiro.
As análises e previsões foram feitas por um especialista em indústria do petróleo, o advogado Giovani Loss, que atua no escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga. 'O que é a mola propulsora dessas empresas não é só a lucratividade', afirmou. 'As estatais de países onde a produção interna já não supre a demanda, ou não vai suprir, estão mais dispostas a desembolsar dinheiro no curto prazo para garantir a segurança do suprimento energético no futuro.'Vantagem diplomática. No ano passado, as empresas estatais chinesas lideraram os investimentos em petróleo fora do próprio país, com um total de US$ 16 bilhões. As grandes empresas europeias ficaram em segundo lugar nesse ranking, com US$ 5,6 bilhões. Em seguida, vêm as coreanas, com US$ 5,25 bilhões.
'As chinesas são as que têm destaque internacional hoje', comentou o advogado. 'Elas fizeram 45% das grandes transações, que são as que interessam para o pré-sal.'
As estatais têm outra vantagem sobre as companhias privadas: a diplomática. 'Quando o governo brasileiro está lidando com a Sinopec (China Petroleum and Chemical Corporation), ele está necessariamente lidando também com o governo daquele país', explicou. 'Isso exerce um impacto no relacionamento.'
As estatais chinesas contam ainda com regras de repatriação de capital que lhes são favoráveis do ponto de vista de tributação. Isso é importante para a empresa estruturar suas operações e conseguir fôlego para fazer negócios que chegam à casa dos US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, como será necessário no pré-sal.
Em países como os Estados Unidos, por exemplo, a repatriação de recursos é cara. 'Existem regras de imposto de renda sobre ganhos de capital muito pesadas. O sistema é desfavorável', disse Loss.
Não por acaso, a Sinopec já fechou um acordo com a Petrobrás, no qual as duas empresas se comprometem a atuar juntas em investimentos de interesse comum nas áreas de produção, exploração e refino de petróleo. A estatal brasileira já havia feito, em maio do ano passado, um acerto com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês) envolvendo um empréstimo de US$ 10 bilhões.
Desfavorável. De acordo com o advogado, o pré-sal brasileiro é no momento um investimento atraente para as companhias petrolíferas porque a maior parte das mais recentes descobertas de jazidas de petróleo se deu em águas profundas. A taxa de sucesso naquela área tem sido da ordem de 80%. Além disso, a indústria de petróleo se encontra num bom momento, pois o barril está a US$ 75 e deverá chegar a US$ 85 no ano que vem. Apesar de ainda estar longe do pico de quase US$ 150 registrado em julho de 2008, esses são valores considerados 'confortáveis'.
No entanto, o Brasil não é bem avaliado pelos potenciais investidores no setor por causa da elevada carga tributária e, também, da instabilidade de regras. 'Acho que é uma reflexão que teremos de fazer, dado o interesse do governo - se é que há mesmo interesse - em atrair empresas estrangeiras para fazer investimentos no pré-sal', disse Loss. Em termos de qualidade regulatória, por exemplo, o Brasil fica atrás de países como Egito, Angola, Moçambique e Suriname, de acordo com pesquisa elaborada pelo Instituto Fraser, do Canadá.
'A imagem do Brasil, nesse aspecto, pode se tornar ainda pior, dependendo de como forem tratadas as novas leis (o novo marco regulatório do petróleo)', observou Loss, que criticou o excesso de flexibilidade que as novas regras dão ao governo.
Além disso, o advogado lembra do risco jurídico da questão. 'Se isso for levado ao Supremo (Tribunal Federal) para uma discussão que levará longos anos, haverá desinteresse ou depreciação de investimentos na área do pré-sal.'
RAZÕES PARA...
China e Coreia serem parceiras da Petrobrás
1. A extração do petróleo do pré-sal exigirá investimentos pesados, e as estatais de petróleo com atuação internacional responderam por 50% dos negócios de mais de US$ 1 bilhão no ano passado.
2. Estatais chinesas investiram US$ 16 bilhões, as coreanas US$ 5,25 bilhões e as grandes europeias, US$ 5,6 bilhões em 2009.
3. Mais do que lucro, a prioridade das estatais é garantir reservas. O petróleo do pré-sal tem exatamente esse perfil de investimento.
Já as grandes empresas estatais europeias preferem ativos não convencionais, como gás betuminoso e areias de petróleo.
4. Estatais têm vantagem diplomática sobre as empresas privadas. O governo brasileiro, ao lidar com uma estatal estrangeira, está se relacionando também com o governo daquele país.
Notícias
Novidade no mercado global atrai atenção para Rio Oil & Gas
A grande novidade no mercado mundial de gás natural é o shale gas, extraído de reservatórios cuja exploração só recentemente a tecnologia vem conseguindo tornar econômica.
25/08/2010 Executivos do futuro com visão de sustentabilidade
A discussão e a prática da Responsabilidade Sócio-Ambiental vêm ganhando força no dia a dia da indústria e, por isso mesmo, ganhará mais exposição na Rio Oil & Gas.
23/07/2010
Rio Oil & Gas fecha parceria para jornal diário do evento
A Rio Oil & Gas fechou, pela segunda edição consecutiva, uma parceria com o jornal Upstream, uma das mais importantes publicações internacionais do setor, para produzir o jornal diário oficial do evento.
06/07/2010
Rodada de Negócios
Como nas edições anteriores, a Rio Oil & Gas 2010 terá uma Rodada de Negócios, reunindo os grandes compradores do mercado de petróleo, gás e biocombustíveis e as pequenas e médias empresas fornecedoras de bens e serviços para o setor.
O evento
Principal evento de Petróleo e Gás da América Latina, a Rio Oil & Gas Expo and Conference é realizada a cada dois anos no Centro de Convenções do Riocentro, Rio de Janeiro.
Desde sua primeira edição, em 1982, a feira e conferência vêm colaborando na consolidação do Rio de Janeiro como "capital do petróleo", já que o estado concentra 80% de todo o óleo produzido no país, além de 50% da produção de gás. A Exposição é uma importante vitrine para as empresas nacionais e estrangeiras apresentarem seus produtos e serviços, bem como, a conferência dá a oportunidade de discussão sobre os principais temas relativos às inovações tecnológicas.Os números do evento mostram como a Rio Oil & Gas é uma excelente oportunidade de negócios:
Estatísticas - Rio Oil & Gas 2008
Feira
Expositores – 1200
Espaço de feira ocupado – 35.000 m²
Países Participantes – 23
Visitantes - 39.000
Conferência
Delegados – 5.000
Nº de trabalhos técnicos apresentados - 705
Retrospectiva 2008
“Leia a retrospectiva completa de tudo o que aconteceu na Rio Oil & Gas 2008. A revista Brasil Energia preparou um especial sobre o evento, com detalhes de todos os painéis e conferências, além de outras atividades de destaque, como a exposição e as rodadas de negócios. Clique aqui e faça download da retrospectiva.”
A camada pré-sal refere-se a um conjunto de reservatórios mais antigos que a camada de sal, principalmente halita e anidrita. Esses reservatórios podem ser encontrados do Nordeste ao Sul do Brasil (onshore e offshore) e de uma forma similar no Golfo do México e na costa Oeste africana. A área que tem recebido destaque é o trecho que se estende do Norte da Bacia de Campos ao Sul da Bacia de Santos desde o Alto Vitória até o Alto de Florianópolis respectivamente. A espessura da camada de sal na porção centro-sul da Bacia de Santos chega a 2.000 metros, enquanto na porção norte da bacia de Campo está em torno de 200 metros. Este sal foi depositado durante o processo de abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gondwana (Antigo Supercontinente formado pelas Américas e África, que foi seguido do afastamento da América do Sul e da África, iniciado a cerca de 120 milhões de anos). As camadas mais recentes de sal foram depositadas durante a última fase de mar raso e de clima semi-árido/árido
No ano passado, as empresas estatais chinesas lideraram os investimentos em petróleo fora do próprio país, com um total de US$ 16 bilhões.
Uma radiografia do perfil das empresas e de seus negócios estratégicos mostra que as estatais de petróleo da China e da Coreia do Sul deverão liderar os investimentos estrangeiros na exploração do pré-sal brasileiro.
As empresas estatais e as grandes companhias da Europa, como a britânica BP e anglo-holandesa Shell, são as que detêm capital suficiente para as demandas do pré-sal. No entanto, as companhias europeias estão hoje mais interessadas em explorar fontes não convencionais, como gás betuminoso ou areias de petróleo. Ou atravessam um momento turbulento - como é o caso da BP, ainda às voltas com as consequências do megavazamento de petróleo no Golfo do México.
Já as empresas estatais de petróleo investem prioritariamente em adquirir reservas que lhes garantam o abastecimento futuro. E esse é exatamente o perfil de empreendimento a ser oferecido no pré-sal brasileiro.
As análises e previsões foram feitas por um especialista em indústria do petróleo, o advogado Giovani Loss, que atua no escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga. 'O que é a mola propulsora dessas empresas não é só a lucratividade', afirmou. 'As estatais de países onde a produção interna já não supre a demanda, ou não vai suprir, estão mais dispostas a desembolsar dinheiro no curto prazo para garantir a segurança do suprimento energético no futuro.'Vantagem diplomática. No ano passado, as empresas estatais chinesas lideraram os investimentos em petróleo fora do próprio país, com um total de US$ 16 bilhões. As grandes empresas europeias ficaram em segundo lugar nesse ranking, com US$ 5,6 bilhões. Em seguida, vêm as coreanas, com US$ 5,25 bilhões.
'As chinesas são as que têm destaque internacional hoje', comentou o advogado. 'Elas fizeram 45% das grandes transações, que são as que interessam para o pré-sal.'
As estatais têm outra vantagem sobre as companhias privadas: a diplomática. 'Quando o governo brasileiro está lidando com a Sinopec (China Petroleum and Chemical Corporation), ele está necessariamente lidando também com o governo daquele país', explicou. 'Isso exerce um impacto no relacionamento.'
As estatais chinesas contam ainda com regras de repatriação de capital que lhes são favoráveis do ponto de vista de tributação. Isso é importante para a empresa estruturar suas operações e conseguir fôlego para fazer negócios que chegam à casa dos US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, como será necessário no pré-sal.
Em países como os Estados Unidos, por exemplo, a repatriação de recursos é cara. 'Existem regras de imposto de renda sobre ganhos de capital muito pesadas. O sistema é desfavorável', disse Loss.
Não por acaso, a Sinopec já fechou um acordo com a Petrobrás, no qual as duas empresas se comprometem a atuar juntas em investimentos de interesse comum nas áreas de produção, exploração e refino de petróleo. A estatal brasileira já havia feito, em maio do ano passado, um acerto com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês) envolvendo um empréstimo de US$ 10 bilhões.
Desfavorável. De acordo com o advogado, o pré-sal brasileiro é no momento um investimento atraente para as companhias petrolíferas porque a maior parte das mais recentes descobertas de jazidas de petróleo se deu em águas profundas. A taxa de sucesso naquela área tem sido da ordem de 80%. Além disso, a indústria de petróleo se encontra num bom momento, pois o barril está a US$ 75 e deverá chegar a US$ 85 no ano que vem. Apesar de ainda estar longe do pico de quase US$ 150 registrado em julho de 2008, esses são valores considerados 'confortáveis'.
No entanto, o Brasil não é bem avaliado pelos potenciais investidores no setor por causa da elevada carga tributária e, também, da instabilidade de regras. 'Acho que é uma reflexão que teremos de fazer, dado o interesse do governo - se é que há mesmo interesse - em atrair empresas estrangeiras para fazer investimentos no pré-sal', disse Loss. Em termos de qualidade regulatória, por exemplo, o Brasil fica atrás de países como Egito, Angola, Moçambique e Suriname, de acordo com pesquisa elaborada pelo Instituto Fraser, do Canadá.
'A imagem do Brasil, nesse aspecto, pode se tornar ainda pior, dependendo de como forem tratadas as novas leis (o novo marco regulatório do petróleo)', observou Loss, que criticou o excesso de flexibilidade que as novas regras dão ao governo.
Além disso, o advogado lembra do risco jurídico da questão. 'Se isso for levado ao Supremo (Tribunal Federal) para uma discussão que levará longos anos, haverá desinteresse ou depreciação de investimentos na área do pré-sal.'
RAZÕES PARA...
China e Coreia serem parceiras da Petrobrás
1. A extração do petróleo do pré-sal exigirá investimentos pesados, e as estatais de petróleo com atuação internacional responderam por 50% dos negócios de mais de US$ 1 bilhão no ano passado.
2. Estatais chinesas investiram US$ 16 bilhões, as coreanas US$ 5,25 bilhões e as grandes europeias, US$ 5,6 bilhões em 2009.
3. Mais do que lucro, a prioridade das estatais é garantir reservas. O petróleo do pré-sal tem exatamente esse perfil de investimento.
Já as grandes empresas estatais europeias preferem ativos não convencionais, como gás betuminoso e areias de petróleo.
4. Estatais têm vantagem diplomática sobre as empresas privadas. O governo brasileiro, ao lidar com uma estatal estrangeira, está se relacionando também com o governo daquele país.
Notícias
Novidade no mercado global atrai atenção para Rio Oil & Gas
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25/08/2010 Executivos do futuro com visão de sustentabilidade
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23/07/2010
Rio Oil & Gas fecha parceria para jornal diário do evento
A Rio Oil & Gas fechou, pela segunda edição consecutiva, uma parceria com o jornal Upstream, uma das mais importantes publicações internacionais do setor, para produzir o jornal diário oficial do evento.
06/07/2010
Rodada de Negócios
Como nas edições anteriores, a Rio Oil & Gas 2010 terá uma Rodada de Negócios, reunindo os grandes compradores do mercado de petróleo, gás e biocombustíveis e as pequenas e médias empresas fornecedoras de bens e serviços para o setor.
O evento
Principal evento de Petróleo e Gás da América Latina, a Rio Oil & Gas Expo and Conference é realizada a cada dois anos no Centro de Convenções do Riocentro, Rio de Janeiro.
Desde sua primeira edição, em 1982, a feira e conferência vêm colaborando na consolidação do Rio de Janeiro como "capital do petróleo", já que o estado concentra 80% de todo o óleo produzido no país, além de 50% da produção de gás. A Exposição é uma importante vitrine para as empresas nacionais e estrangeiras apresentarem seus produtos e serviços, bem como, a conferência dá a oportunidade de discussão sobre os principais temas relativos às inovações tecnológicas.Os números do evento mostram como a Rio Oil & Gas é uma excelente oportunidade de negócios:
Estatísticas - Rio Oil & Gas 2008
Feira
Expositores – 1200
Espaço de feira ocupado – 35.000 m²
Países Participantes – 23
Visitantes - 39.000
Conferência
Delegados – 5.000
Nº de trabalhos técnicos apresentados - 705
Retrospectiva 2008
“Leia a retrospectiva completa de tudo o que aconteceu na Rio Oil & Gas 2008. A revista Brasil Energia preparou um especial sobre o evento, com detalhes de todos os painéis e conferências, além de outras atividades de destaque, como a exposição e as rodadas de negócios. Clique aqui e faça download da retrospectiva.”
A camada pré-sal refere-se a um conjunto de reservatórios mais antigos que a camada de sal, principalmente halita e anidrita. Esses reservatórios podem ser encontrados do Nordeste ao Sul do Brasil (onshore e offshore) e de uma forma similar no Golfo do México e na costa Oeste africana. A área que tem recebido destaque é o trecho que se estende do Norte da Bacia de Campos ao Sul da Bacia de Santos desde o Alto Vitória até o Alto de Florianópolis respectivamente. A espessura da camada de sal na porção centro-sul da Bacia de Santos chega a 2.000 metros, enquanto na porção norte da bacia de Campo está em torno de 200 metros. Este sal foi depositado durante o processo de abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gondwana (Antigo Supercontinente formado pelas Américas e África, que foi seguido do afastamento da América do Sul e da África, iniciado a cerca de 120 milhões de anos). As camadas mais recentes de sal foram depositadas durante a última fase de mar raso e de clima semi-árido/árido
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Chile: Mineiros falaram com famílias por videoconferência
A perfuradora Schramm T-130, máquina que as autoridades denominaram como "Plano B",
começou a trabalhar neste domingo
Reduzir Normal Aumentar Imprimir O ministro de Mineração chileno, Laurence Golborne, confirmou neste domingo que a máquina T-130, a perfuradora que as autoridades denominaram como "Plano B", começou a realizar seu trabalho na jazida onde 33 mineiros continuam presos desde o dia 5 de agosto.
Em entrevista coletiva no acampamento "Esperança", local da mina, Golborne disse que começou o mencionado plano "embora 30 minutos mais tarde".A T-130 começou a perfurar de forma paralela à galeria que executa a gigantesca máquina Strata 950, que segundo a autoridade já alcançou 70 m de profundidade.
A perfuração com a máquina alargará uma das sondas utilizadas para se comunicar com a galeria e transformá-la em uma eventual via de evacuação.
Nos próximos dias se espera a chegada da terceira alternativa para poder resgatar os mineiros: uma máquina de sondagem de petróleo cedida pela ENAP e que está no porto de Iquique, no norte do Chile.
Golborne assinalou que os especialistas estimam que os operários presos a 700 m de profundidade poderiam ser resgatados no começo de dezembro, embora a maioria dos familiares acreditem que no final de outubro ou começo de novembro eles estarão na superfície.
Escavadora encontra-se a 660 metros do local onde estão os mineiros. Familiares criticam limites aos contactos com o fundo da mina.A proposta do Presidente do Chile, Sebastián Piñera, em fechar a mina de São José e erguer no local um santuário desencadeou uma onda de controvérsia no dia em que se cumpriu um mês de permanência debaixo de solo dos 33 mineiros. Estes puderam falar ontem pela primeira vez por videoconferência com as respectivas famílias. Para assinalar a data, às 13.45 locais (18.45 em Portugal) decorreu no exterior da mina uma serenata de buzinas, apitos e assobios coincidindo com o momento do desabamento há um mês. Realizado pelos familiares e membros das equipas de salvamento, o acto foi classificado como um "gigantesco buzinão" pelo Diário Chañarcillo, jornal da província onde se situa a mina.
A questão do templo religioso em São José levantou de imediato interrogações sobre o santo a quem seria dedicado e sua natureza confessional. Isto porque sendo o Chile um país de maioria católica, nele existe uma importante minoria evangélica, presente na região de São José e, principalmente, porque cerca de metade dos 33 seguem esta denominação.
Da videoconferência - um minuto por mineiro - resultou uma outra controvérsia, desta vez envolvendo os familiares dos 33 e os responsáveis pela operação de salvamento. Por um lado, as famílias queixaram-se de que 60 segundos eram insuficientes, exigindo mais tempo; por outro lado, emergiu das conversas o facto de muitas das cartas escritas pelas mulheres e familiares dos mineiros não lhes serem entregues.
A primeira reivindicação foi depressa aceite, escrevendo a edição online do diário El Mercurio que as conversas poderão prolongar- -se por cinco minutos, estudando--se a possibilidade dos mineiros verem os seus interlocutores, o que não sucedeu ontem. Nesta primeira videoconferência, apenas os familiares tiveram acesso a imagens.
O segundo ponto permanece em aberto, principalmente por argumentos de ordem psicológica. Alberto Iturra, responsável por este aspecto das operações, explicou que "algumas cartas continham mensagens inconvenientes, susceptíveis de provocar alterações na unidade do grupo, fundamental nesta etapa para a sua sobrevivência".
Associado à explicação do psicólogo que, anteriormente, dissera "ser inegociável a supervisão do conteúdo das cartas" para evitar que "alguém mande qualquer mensagem que possa gerar mal- -entendidos lá em baixo", foi descoberta a existência de perguntas dos jornalistas aos mineiros. Um aproveitamento das comunicações pessoais considerado inaceitável pelos responsáveis do salvamento.
Iturra comentou as declarações feitas na véspera pelo ministro da Saúde, Jaime Mañalich, sugerindo o envio "de empadas e algum vinho tinto" para os mineiros celebrarem o 18 de Setembro, data da independência do Chile. Para o psicólogo, não é aceitável "mais uma variável lá em baixo, porque não sei em que condições eles estão... E imaginem que um e outro e outro não bebem o vinho e que o seu consumo se concentra em três ou quatro pessoas? Como vamos lidar com isso?", disse ao Diário Chañarcillo.
As operações para a abertura do túnel prosseguiam enquanto se ultimavam os preparativos para a abertura de outra conduta. A primeira perfuradora, activa desde 30 de Agosto, percorrera até ontem 42 em 702 metros, profundidade
começou a trabalhar neste domingo
Reduzir Normal Aumentar Imprimir O ministro de Mineração chileno, Laurence Golborne, confirmou neste domingo que a máquina T-130, a perfuradora que as autoridades denominaram como "Plano B", começou a realizar seu trabalho na jazida onde 33 mineiros continuam presos desde o dia 5 de agosto.
Em entrevista coletiva no acampamento "Esperança", local da mina, Golborne disse que começou o mencionado plano "embora 30 minutos mais tarde".A T-130 começou a perfurar de forma paralela à galeria que executa a gigantesca máquina Strata 950, que segundo a autoridade já alcançou 70 m de profundidade.
A perfuração com a máquina alargará uma das sondas utilizadas para se comunicar com a galeria e transformá-la em uma eventual via de evacuação.
Nos próximos dias se espera a chegada da terceira alternativa para poder resgatar os mineiros: uma máquina de sondagem de petróleo cedida pela ENAP e que está no porto de Iquique, no norte do Chile.
Golborne assinalou que os especialistas estimam que os operários presos a 700 m de profundidade poderiam ser resgatados no começo de dezembro, embora a maioria dos familiares acreditem que no final de outubro ou começo de novembro eles estarão na superfície.
Escavadora encontra-se a 660 metros do local onde estão os mineiros. Familiares criticam limites aos contactos com o fundo da mina.A proposta do Presidente do Chile, Sebastián Piñera, em fechar a mina de São José e erguer no local um santuário desencadeou uma onda de controvérsia no dia em que se cumpriu um mês de permanência debaixo de solo dos 33 mineiros. Estes puderam falar ontem pela primeira vez por videoconferência com as respectivas famílias. Para assinalar a data, às 13.45 locais (18.45 em Portugal) decorreu no exterior da mina uma serenata de buzinas, apitos e assobios coincidindo com o momento do desabamento há um mês. Realizado pelos familiares e membros das equipas de salvamento, o acto foi classificado como um "gigantesco buzinão" pelo Diário Chañarcillo, jornal da província onde se situa a mina.
A questão do templo religioso em São José levantou de imediato interrogações sobre o santo a quem seria dedicado e sua natureza confessional. Isto porque sendo o Chile um país de maioria católica, nele existe uma importante minoria evangélica, presente na região de São José e, principalmente, porque cerca de metade dos 33 seguem esta denominação.
Da videoconferência - um minuto por mineiro - resultou uma outra controvérsia, desta vez envolvendo os familiares dos 33 e os responsáveis pela operação de salvamento. Por um lado, as famílias queixaram-se de que 60 segundos eram insuficientes, exigindo mais tempo; por outro lado, emergiu das conversas o facto de muitas das cartas escritas pelas mulheres e familiares dos mineiros não lhes serem entregues.
A primeira reivindicação foi depressa aceite, escrevendo a edição online do diário El Mercurio que as conversas poderão prolongar- -se por cinco minutos, estudando--se a possibilidade dos mineiros verem os seus interlocutores, o que não sucedeu ontem. Nesta primeira videoconferência, apenas os familiares tiveram acesso a imagens.
O segundo ponto permanece em aberto, principalmente por argumentos de ordem psicológica. Alberto Iturra, responsável por este aspecto das operações, explicou que "algumas cartas continham mensagens inconvenientes, susceptíveis de provocar alterações na unidade do grupo, fundamental nesta etapa para a sua sobrevivência".
Associado à explicação do psicólogo que, anteriormente, dissera "ser inegociável a supervisão do conteúdo das cartas" para evitar que "alguém mande qualquer mensagem que possa gerar mal- -entendidos lá em baixo", foi descoberta a existência de perguntas dos jornalistas aos mineiros. Um aproveitamento das comunicações pessoais considerado inaceitável pelos responsáveis do salvamento.
Iturra comentou as declarações feitas na véspera pelo ministro da Saúde, Jaime Mañalich, sugerindo o envio "de empadas e algum vinho tinto" para os mineiros celebrarem o 18 de Setembro, data da independência do Chile. Para o psicólogo, não é aceitável "mais uma variável lá em baixo, porque não sei em que condições eles estão... E imaginem que um e outro e outro não bebem o vinho e que o seu consumo se concentra em três ou quatro pessoas? Como vamos lidar com isso?", disse ao Diário Chañarcillo.
As operações para a abertura do túnel prosseguiam enquanto se ultimavam os preparativos para a abertura de outra conduta. A primeira perfuradora, activa desde 30 de Agosto, percorrera até ontem 42 em 702 metros, profundidade
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